22.11.06

é quando as cores pulsam.

dentre sonhos, lençóis, cheiros, texturas e lágrimas ela se olhou no espelho. a dor no coração era tão forte que ela não tinha forças nem para acender um cigarro. aquele chocolate que chorando foi buscar nem havia sido aberto ainda e ela ficava se perguntando até quando iria chorar por pessoas que insistiam em aparecer nos seus mais belos sonhos. ela se deitou e tateou aquele livro que ele emprestara. chorou mais e o desejou como nunca. queria que ele estivesse ali olhando para ela com os seus olhos de menino e desejando tê-la em seus braços por toda a noite. sim, por um momento ela fechou os olhos e sorriu acreditando que ele estava ali, deitado, sem camisa e decorando cada canto do quarto, daquele quarto que era tão deles.
o dia amanheceu um ano depois. os cartazes colados na parede do quarto já não eram mais os mesmos. a energia não era mais a mesma. e a paz borbulhava em cada parede.
em cada parede do quarto dela.

6 comentários:

Anônimo disse...

puta que pariu. (de lindo que isso é e de como "arranha" aqui dentro)
e eu volto a falar palavrão. ai, ai...

Anônimo disse...

Foi só andando de olhos bem baixos que vi as flores que brotam no rasteiro
dos muros e calçadas.
Miúdas. Singelas. Nada exuberantes, mas com a força de desconsiderar o
concreto: brutas.

E de flor em flor, fui esquecendo as penas
que procurava pra fazer um passarinho.

Sabe, troquei as penas por flores, mas te garanto que agora vai
ficar muito melhor:
Passarinho de verdade voa com pena.
Passarinho de mentira voa
é com o inesperado.

[meu][eu][rê]

Mãecela disse...

-
i really know what you mean...

=*********

Priscila Basile disse...

Nossa! Que coisa bonita!

Eu tbm me sinto assim, por demais e tenho saudades das nossas conversas!

Amo.

um bjo

Anônimo disse...

Paz, eu quero paz...
=***

madá disse...

eu não encontro o chão.