29.11.05

essa é minha.

[foto xuxu do meu último ensaio]

eternossonrete

vivo meus amores
eternossonrete
em um segundo

como se fossem
longas esquinas

l> alma minha - zeca baleiro
alma limpa.

27.11.05

baleiro.

A solidão é meu cigarro
Não sei de nada e não sou de ninguém
Eu entro no meu carro e corro
Corro demais só pra te ver meu bem
Um vinho, um travo amargo e morro
Eu sigo só porque é o que me convém
Minha canção é meu socorro
Se o mar virar sertão, o que é que tem?
Dias vão, dias vem, uns em vão, outros nem...
Quem saberá a cura do meu coração senão eu?
Não creio em santos e poetas
Perguntei tanto e ninguém nunca respondeu
Melhor é dar razão a quem perdoa
Melhor é dar perdão a quem perdeu
O amor é pedra no abismo
A meio passo entre o mal e o bem
Com meus botões a noite cismo
Pra que os trilhos, se não passa o trem?
Os mortos sabem mais que os vivos
Sabem o gosto que a morte tem
Pra rir tem todos os motivos
Os seus segredos vão contar a quem?
Dias vão, dias vem, uns em vão, outros nem
Quem saberá a cura do meu coração senão eu?
Não creio em santos e poetas
Perguntei tanto e ninguém nunca respondeu
Melhor é dar razão a quem perdoa
Melhor é dar perdão a quem perdeu.
zeca baleiro - cigarro.
.
cada coisa estranha que me acontece! credo!
[show foi maravilhoso! zeca, amo-te!]
e eu tenho uma leve impressão de que estarei lá,
sempre.

procurando o invisível no visível.
sempre.

23.11.05

pésdedos. dedospés.

pés:

perdidos,
caminham para a
direita
esquerda


até pararem.
sem saberem
para onde realmente
devem ir.


by eu.

-

dedos:

grandes
pequenos


gordo
magro


estamos tão juntinhos
pode dar um espacinho?

by gú.

[produzi meu primeiro vídeo hj!]

l> politik - coldplay
happy.

22.11.05

além dele, elas estavam lá.

Ele estava lá. Falava, falava, falava, mas ninguém ouvia. Ninguém via. Só que ainda restava uma esperança. Pequena, talvez. E era o que lhe impulsionava a falar todos os dias. Mesmo que fosse para as paredes. Não entendia porque não havia ninguém lá. Será que ele não estava encaixado nos padrões de beleza da época? Ou será que sua voz era alta demais?

Resolveu falar baixinho. No entanto, fez isso não só para atrair pessoas – caso o problema fosse a voz alta que tinha -, mas também porque estava cansado. As poltronas na sua frente já não agüentavam mais esperar que alguém se acomodasse nelas, as luzes não viam razão para continuarem apagadas. E ele nem tinha mais argumentos para convencê-las de que era preciso esperar.

Até que um dia, alguém chegou. Quando ele viu, levou um susto e continuou a falar, mas muito mais feliz. Essa pessoa sentou na segunda poltrona da terceira fileira do lado direito. (Ufa! – disse a poltrona). E ele falava, falava, falava. Até deu uma melhorada no contraste para ver se ficava mais bonito. Mas com o decorrer do tempo, percebeu, a pessoa era cega. No entanto, ela escutava. E ele sabia disso, uma vez que ela comentava as falas dele. “Tudo o que você fala, eu levo pra casa”, ela dizia.

E ela estava lá. Todos os dias. Era a alegria das poltronas, das luzes, da tela e dele. E em um certo dia, ela chegou acompanhada. Era uma pessoa elegante. Surda-muda, mas parecia não se importar com isso. Pois falava, falava com os olhos. Vivos. As duas se sentaram diante dele e se deliciaram. Uma ouvindo, a outra vendo. Sentiam. Diferentemente, mas sentiam.

Cada dia ele era um. Cada dia provocava algo diferente nelas. Ele era histórias. Aos montes. E isso as instigava, muito. Gostavam de sentir e de depois compartilhar o que sentiram. Mesmo que fosse apenas através de toques. A surda-muda achava belo a expressão das personagens, as cenas densas e ao mesmo tempo, leves. E a cega delirava ao sentir as sensações das personagens nas falas. Era angústia, paixão, felicidade.

Mas um dia outra pessoa chegou. Essa enxergava, ouvia e falava. Ele se desesperou. Não sabia mais como se apresentar para alguém assim. Todavia, depois de pensar um pouco, percebeu que seria melhor continuar se apresentando como estava. Aquela pessoa que acabara de chegar poderia gostar, oras! E ele começou a se apresentar. No meio da apresentação, a pessoa que chegara por último, se levantou. E foi-se.
Quando isso aconteceu, ele parou. Olhou para a cega e para a surda-muda e sorriu. Elas estavam lá, pelo menos elas.


[trabalho de Of. de Leitura e Escrita relacionado com a reportagem que fiz para Apuração e Redação]

20.11.05

(era) o 11.

(era) o 11.
(era) o novembro.
(era) a intensidade.
(era) o desejo.
(era) o sonho.
(era) o querer.
(era) a busca.
-
(era) o 11.
e nem quero pensar qual vai ser o 12.

l> only time - enya.
borracha.

postsecret

o 11.

ele é o 11.
o novembro.
a intensidade.
o desejo.
o sonho.
o querer.
a busca.
-
o 11.
e qual será o 12?

l> frágil - zeca baleiro.
rindo verticalmente.

19.11.05

é.

mas eu amo o desconhecido.

l> entrevistas que fiz hoje.

falo aqui, ali, acolá.

linguagem do vômito: o cavalo azul do joão é rosa.
enfim, fato.

.

e sim, tenho medo de conhecer o desconhecido. pq qto mais conhecido, mais des-conhecido se torna.

.

pessoas! pessoas! pessoas! quero muito! em todo canto, em todo chão, em todo teto. sambando, suando e se esquecendo de soletrar.
e
s
q
u
e
c
e
n
d
o
.
fssss...

.

l> everybody hurts - rem
sentindo o sentir.

17.11.05

formiguinhas.

de repente alguém coloca uma pedra na frente das formiguinhas.
.
aí, elas dão a voltam e continuam a caminhar.
.
já viu isso?!
pois é.
e eu tento (bem mais ou menos) imitá-las.

l> black star - radiohead

16.11.05

ludens! ludens!

-
será que ela é senhora desse amor?!
.
tenho estado muito sozinha e dado gargalhadas de muitas coisas.
.
a vida pode ser divertida.
muito divertida.
.
ainda bem!
(ou não)

l> com medo, com pedro - gilberto gil
ludens.

a espantosa realidade das cousas.

A espantosa realidade das cousas
É a minha descoberta de todos os dias.
Cada cousa é o que é,
E é difícil explicar a alguém quanto isso me alegra,
E quanto isso me basta.

Basta existir para se ser completo.

Tenho escrito bastantes poemas.
Hei de escrever muitos mais. naturalmente.

Cada poema meu diz isto,
E todos os meus poemas são diferentes,
Porque cada cousa que há é uma maneira de dizer isto.

Às vezes ponho-me a olhar para uma pedra.
Não me ponho a pensar se ela sente.
Não me perco a chamar-lhe minha irmã.
Mas gosto dela por ela ser uma pedra,
Gosto dela porque ela não sente nada.
Gosto dela porque ela não tem parentesco nenhum comigo.

Outras vezes oiço passar o vento,
E acho que só para ouvir passar o vento vale a pena ter nascido.

Eu não sei o que é que os outros pensarão lendo isto;
Mas acho que isto deve estar bem porque o penso sem estorvo,
Nem idéia de outras pessoas a ouvir-me pensar;
Porque o penso sem pensamentos
Porque o digo como as minhas palavras o dizem.

Uma vez chamaram-me poeta materialista,
E eu admirei-me, porque não julgava
Que se me pudesse chamar qualquer cousa.
Eu nem sequer sou poeta: vejo.
Se o que escrevo tem valor, não sou eu que o tenho:
O valor está ali, nos meus versos.
Tudo isso é absolutamente independente da minha vontade.


alberto caieiro

14.11.05

mário quintana.

Eu sou um homem fechado.
O mundo me tornou egoista e mau.
E a minha poesia é um vício triste,
Desesperado e solitário
Que eu faço tudo por abafar.

Mas tu apareceste com a
tua boca fresca de madrugada,
Com o teu passo leve,
Com esses teus cabelos...

E o homem taciturno ficou imóvel,
sem compreender [nada, numa alegria atônita...

A súbita, a dolorosa alegria de um espantalho inútil
Aonde viessem pousar os passarinhos

--

no ano tem 12 meses.
é, né?!
.
fato.

l> fala - secos e molhados.
lilás.

13.11.05

post secret

goethe.

"Que a vida é apenas um sonho já antes de mim outros o disseram, e é esta uma idéia que me persegue por toda a parte. Quando vejo em que estreitos limites se encerram as belas faculdades do homem; quando vejo que a sua atividade e a sua inteligência se esgotam para a simples satisfação de necessidades tendentes a prolongar a nossa pobre existência, quando considero que a sua tranquilidade, em presença de certos problemas da vida, é tão somente uma ilusória resignação, como seria a do prisioneiro cujo cárcere tivesse as paredes revestidas de pinturas atraentes e variadas, então, meu caro Guilherme, concentro o espírito em recolhimento e percebo nele um mundo de pensamentos... ou antes de percepções confusas e de vagos desejos... Não são raciocínios, ainda menos projetos de ação, mas intangíveis sonhos que me flutuam ante os olhos e nos quais gostosamente me perco."

9.11.05

pessoas

são pessoas. aos montes. pessoas que tropeçam no meu caminho. aparecem e des-aparecem. mas são pessoas. que têm sonhos, que vivem sonhos, que engolem sonhos, que vomitam sonhos. pessoas que gritam, choram, falam, pensam, sentem. pessoas em todo o canto. que querem, que dizem sim, dizem não. pessoas que quero, que não quero. algumas estranhas, malucas, nuas. outras insignificantes. pessoas que enxergam, que tocam, que cheiram. apressadas, lerdas. pessoas que perguntam, que querem saber, que fingem não saber. vidas de pessoas. que estão lá, que estão cá. conturbadas, falantes, caladas. pessoas que suspiram, explodem. pessoas que trancam a porta ou fingem trancar.
p
e
s
s
o
a
s
... me atormentam.

mas enfim, são pessoas.
pequenas imensas
pessoas.

l> street spirit (fade out) - radiohead
apessoada.

blá blá blá

peguei vários livros pra ler durante as férias.
"uma aprendizagem ou livro dos prazeres", clarice lispector (já deu pra perceber que amo essa mulher, né?! pois é.)
"distraídos venceremos", paulo leminski (é, amo tbm.)
"werther", goethe (conhecendo)
"os cem melhores contos brasileiros do século" (não precisa falar nada.)

--
e lendo o da clarice, fiquei p*ta, rs. no livro tem várias anotações tentando explicar o que ela diz.
e não não não! isso não pode!
cada um interpreta do jeito que quer, clarice é subjetividade, metáforas.
palavras não ditas.
individual.

você sente, não entende.

--

tá isso pode ser uma grande bobagem, mas enfim.
eu fico p*ta, oras!

l> c´mere - interpol
bem.

8.11.05

olhe ao redor

Olhe para todos a seu redor e veja o que temos feito de nós.
Não temos amado, acima de todas as coisas.
Não temos aceito o que não entendemos porque não queremos passar por tolos.
Temos amontoado coisas, coisas e coisas, mas não temos um ao outro.
Não temos nenhuma alegria que já não esteja catalogada.
Temos construído catedrais, e ficado do lado de fora, pois as catedrais que nós mesmos construímos, tememos que sejam armadilhas.
Não nos temos entregue a nós mesmos, pois isso seria o começo de uma vida larga e nós a tememos.
Temos evitado cair de joelhos diante do primeiro de nós que por amor diga: tens medo.
Temos organizado associações e clubes sorridentes onde se serve com ou sem soda.
Temos procurado nos salvar, mas sem usar a palavra salvação para não nos envergonharmos de ser inocentes.
Não temos usado a palavra amor para não termos de reconhecer sua contextura de ódio, de ciúme e de tantos outros contraditórios.
Temos mantido em segredo a nossa morte para tornar nossa vida possível.
Muitos de nós fazem arte por não saber como é a outra coisa.
Temos disfarçado com falso amor a nossa indiferença, sabendo que nossa indiferença é angústia disfarçada. Temos disfarçado com o pequeno medo o grande medo maior e por isso nunca falamos o que realmente importa.
Falar no que realmente importa é considerado uma gafe.
Não temos adorado por termos a sensata mesquinhez de nos lembrarmos a tempo dos falsos deuses.
Não temos sido puros e ingênuos para não rirmos de nós mesmos e para que no fim do dia possamos dizer "pelo menos não fui tolo" e assim não ficarmos perplexos antes de apagar a luz.
Temos sorrido em público do que não sorriríamos quando ficássemos sozinhos.
Temos chamado de fraqueza a nossa candura.
Temo-nos temido um ao outro, acima de tudo.
E a tudo isso consideramos a vitória nossa de cada dia.
Clarice Lispector.

você?

o que você vê quando está em frente ao espelho?

elaele

ele abriu a porta tentando não fazer barulho.
mas ela estava lá o esperando.
talvez por meses, não teria como saber.
e então, se olharam.
ela viu a marca do batom,
mas nos olhos dele via um
profundo pedido de perdão.

foi quando ela se dirigiu para o quarto,
abriu o armário
e colocou o travesseiro guardado
ao lado do dela.

se deitou e dormiu.

l> i remember - damien rice.
qrendo paz.

7.11.05

pessoa.

"Criei em mim várias personalidades. Crio personalidades constantemente. Cada sonho meu é imediatamente, logo ao aparecer sonhado, encarnado numa outra pessoa, que passa a sonhá-lo, e eu não."

Fernando Pessoa

--

invento
desloco
desconstruo

sou um homo ludens.

l> paranoid android - radiohead
jogando os dados.

6.11.05

clarice.

"E sei tão pouco como se o teu enigma fosse eu."

--

"Não quero ter a terrível limitação de quem vive apenas do que é possível fazer sentido. Eu não: quero é uma verdade inventada".

--

l> champagne supernova - oasis
happy. (:

4.11.05

rotina.


"Estou cansada da rotina de me ser".

Clarice Lispector

--


Sou mil em uma.
Uma em mil.
Mas no fundo,
nada mais simples
que 2+2.

l> barely legal - strokes
arbol.

3.11.05

declaração.

propensão do sujeito apaixonado a alimentar o ser amado, fartamente, com contida emoção, do seu amor, dele, de si, deles: a declaração não diz respeito à confissão do amor, mas à forma, infinitamente comentada, da relação amorosa.

1. A linguagem é uma pele: esfrego minha linguagem no outro. É como se eu tivesse palavras ao invés de dedos, ou dedos na ponta das palavras. Minha linguagem treme de desejo. A emoção de um duplo contacto: de um lado, toda uma atividade do discurso vem, discretamente, indiretamente, colocar em evidência um significado único que é "eu te desejo", e liberá-lo, alimentá-lo, ramificá-lo, fazê-lo explodir (a linguagem goza de se tocar a si mesma); por outro lado, envolvo o outro nas minhas palavras, eu o acaricio, o roço, prolongo esse roçar, me esforço em fazer durar o comentário ao qual submeto a relação.

(Falar amorosamente é gastar interminavelmente, sem crise; é praticar uma relação sem orgasmo. Existe talvez uma forma literária desse coitus reservatus: é o marivaudage.)*

2. A pulsão do comentário se desloca, toma o caminho das substituições. De início é para o outro que eu discorro sobre a relação; mas pode ser também diante do confidente: de você passo a ele. E depois, de ele passo a nós; elaboro um discurso abstrato sobre o amor, uma filosofia da coisa, que seria apenas, em suma, um blá-blá-blá generalizado. Refazendo a partir daí o caminho inverso, poder-se-ia dizer que todo dito que tem por objeto o amor (seja o que for que se queira destacar) comporta fatalmente uma alocução secreta (me dirijo a alguém, que vocês não sabem, mas que está lá na extremidade das minhas máximas). No Banquete, essa aloucação talvez exista: seria Ágaton que Alcebíades interpelaria e desejaria sob a escuta de um analista, Sócrates.

(A atopia do amor, aquilo que o faz propriamente escapar a todas as dissertações, seria que, em última instância, não é possível falar dele a não ser segundo uma estrita determinação alocutória; seja ele filosófico, gnômico, lírico ou romanesco, há sempre no discurso sobre o amor uma pessoa a quem se dirige, mesmo que essa pessoa tivesse passado ao estado de fantasma ou de criatura a vir. Ninguém tem vontade de falar de amor, se não for para alguém).

*afetação, rebuscamento na linguagem e no estilo atribuídos a Marivaux, escritor francês, sec.XVIII.

By Nonada.

ele II


"Não sou modesto em relação ao que eu faço como artista. Mas, sobre os rumos ou possibilidades do país, não vejo honestamente que contribuição eu possa dar. O que eu posso fazer é só constatar minhas perplexidades, meus receios diante desse quadro cada vez mais assustador. Como não se vê perspectiva de mudança a curto ou mesmo a médio prazo, a sociedade toda é levada a um certo conformismo, ou mesmo a um cinismo. Na alta classe média, assim como já houve um certo esquerdismo de salão, há hoje um pensamento cada vez mais reacionário, com tintas de racismo e de intolerâncias impressionantes."

"Ser reacionário virou de bom-tom. No meu tempo, as moças bonitas eram de esquerda, hoje são de direita. (risos)"

ele.

sou apenas um homem
um homem pequenino à beira de um rio
vejo as águas que passa
mas não as compreendo
sou apenas o sorriso
na face de um homem calado

Carlos Drummond de Andrade

Bukowski

Não há nada a lamentar sobre a morte, assim como não há nada a lamentar sobre o crescimento de uma flor. O que é terrível não é a morte, mas as vidas que as pessoas levam ou não levam até a sua morte. Não reverenciam suas próprias vidas, mijam em suas vidas. As pessoas as cagam. Idiotas fodidos. Concentram-se demais em foder, cinema, dinheiro, família, foder. Suas mentes estão cheias de algodão. Engolem Deus sem pensar, engolem o país sem pensar. Esquecem logo como pensar, deixam que os outros pensem por elas. Seus cérebros estão entupidos de algodão. São feios, falam feio, caminham feio. Toque para elas a maior música de todos os tempos e elas não conseguem ouví-la. A maioria das mortes das pessoas é uma empulhação. Não sobra nada para morrer.

em O Capitão.

l> sugar kane - sonic youth
malagueta.

2.11.05

cansei.

cansei de ter medo.
medo de encarar o v-a-z-i-o.
--
cansei de chorar minhas
p-i-t-a-n-g-a-s.
--
mas descobri que sou
uma pimenta-cereja.
.
tá começando a melhorar,
ou não.

l> politik - coldplay
bom dia!