16.11.07

tudo era apenas uma brincadeira e
foi crescendo, crescendo, me absorvendo
e de repente me vi, assim, completamente seu.

a poesia, sim, fez florir em minha vida.
ficar longe de você, realmente, não dá.

13.11.07

eram tantos moços e moças naquele lugar... ele cheirava cada cheiro pensando ser o gosto verde do cabelo colorido dela. eram tantas moças...tantos moços...nenhumas moças... ela. dedilhava levemente os finos pescoços para depois ver se era gosto do fino pescoço dela. ela. sambava ela. sorria ela. os seios. olhava com o canto do olho para os seios da moça à esquerda, para os seios da moça à direita, nada ela. até que se pôs cabisbaixo naquele baile de tantas moças e de tantos moços. estava cansado e foi para fora dos aposentos a fim de tomar um ar. uma moça. de costas. vestido preto. os cabelos esvoaçantes. fazia frio e ela se dava os braços para amenizar o clima. ele observou, de longe. ela esperava, longe. foi chegando perto e escutou ela cantando uma música, baixinho, triste. ela esperava. ele.

10.11.07






















precisava de instantes de exílio.