28.4.09

Manifesto sobre as Mídias Locativas

André Lemos

Professor Associado da Faculdade de Comunicação da UFBa.
http://andrelemos.info
Para Bernardo, que já busca o seu lugar no mundo.

Mídia – Todo artefato e processo que permite superar constrangimentos infocomunicacionais do espaço e do tempo. Mídias produzem espacialização, ação social sobre um espaço. Mídias produzem lugares.

Locativo – Categoria gramatical que exprime lugar, como “em” ou “ao lado de”, indicando a localização final ou o momento de uma ação.

Mídia Locativa. Tecnologias e serviços baseados em localização (LBT e LBS) cujos sistemas infocomunicacionais são atentos e reagem ao contexto. Ação comunicacional onde informações digitais são processadas por pessoas, objetos e lugares através de dispositivos eletrônicos, sensores e redes sem fio. Dimensão atual da cibercultura constituindo a era do “ciberespaço vazando para o mundo real” (Russel, 1999), a era da “internet das coisas”.

1. Crie situações para perder-se. O medo de perder-se é correlato ao medo de encontrar. Mas perdendo-se, encontra-se. A desorientação é uma forma de apropriação do espaço! Tudo localizar, mapear, indexar é uma morte simbólica: o medo do imponderável, do encontro com o acaso: evitar uma dimensão vital da existência. “Perder-se é um achar-se perigoso”, como diz Clarice Lispector.

2. Erros, falhas, esquecimentos de localizações e de movimentações são as únicas possibilidades de salvação da hiperracionalização atual do espaço. Só uma apropriação tática dos dispositivos, sensores e redes poderá produzir novos sentidos dos lugares. Desconfie de sua posição e de seu status de nômade. Quando sua operadora diz, “você é nômade”, desconfie. Mas saiba que o nomadismo é um traço essencial da aventura humana na terra!

3. Tudo é locativo: aprendemos, amamos, socializamos, jogamos, brigamos, festejamos, trabalhamos..., sempre de forma locativa. Não há nada fora do tempo ou do ESPAÇO. E o espaço social é o LUGAR. Em tudo, o lugar é o que importa.

4. Lugar é composto por fluxos de diversas territorializações. Ele é sempre dinâmico e, ao mesmo tempo, enraizado. Lugar é vínculo social. Lugar é fluxo de emoções, é topos, é memória e cristalização de sentimentos. Lugar não é fixação mas interrelação. Com as mídias locativas, o lugar deve ser visto como fluxo de diversas territorializações (sociocultural, imaginária, simbólica) + bancos de dados informacionais. Espaços visíveis marcados por fluxos invisíveis de informação circulando por redes invisíveis.

5. Hoje é impossível pensar os lugares sem os territórios informacionais. Mas lugares persistem sem nenhuma informatização. Não esqueça destes lugares. Pense nos contextos independentes de qualquer tecnologia.

6. Estamos na era da computação ubíqua e pervasive (Weiser), ou seja da informática em todos os lugares e em todas as coisas. Mas não há tecnologias sensíveis e nenhuma delas está atenta a contextos! Elas estão em tudo e em todos os lugares, mas não sabem o que é um contexto e nem tem capacidades de sentir o local.

7. Depois do upload para a Matrix lá em cima, a internet 1.0, agora é a vez do "download do ciberespaço", da informação nas coisas aqui em baixo, a internet 2.0. Não se trata mais do virtual lá em cima, mas do que fazer com toda essa informação das coisas e dos lugares aqui de baixo! Como nos relacionamos com as coisas e com os lugares? E agora, com essas coisas e lugares dotados de informação digital e conexão à internet? Convocamos Heidegger e Lefevbre?

8. Recuse os LBS e LBT que te colocam apenas na posição de mais um consumidor massivo. Busque produzir informação localizada que faça sentido aqui e agora. Esse é o único meio de construir lugares sociais com essa tecnologias de localização e mobilidade. Reivindique das mídias locativas as funções pós-massivas. A publicidade, o marketing e as operadoras te querem apenas como receptor passivo, massivo, embora supostamente livre, móvel e sem fronteiras. Eles te querem controlado, ativo mas consumindo, receptor pensando que está emitindo. Agir é mais. Reaja à isso.

9. Saiba que as mídias de localização não são novas. Toda mídia é, ao mesmo tempo, local e global. Preste atenção às mídias locativas analógicas que estão entre nós, pense nas anotações urbanas como os graffitis, stickers, bilhetes ou notas, preste atenção às marcas nas ruas, aos índices a sua volta, ao jornalismo local e agora hiperlocal. Aja como um detetive buscando solucionar os mistérios do espaço urbano! Busque o uso crítico dos dispositivos locativos. Lembre-se que o termo “mídia locativa” foi criado por artistas e ativistas para questionar a massificação dos LBS e LBT.

10. Use, divulgue e estimule o desenvolvimento de protocolos não-proprietários, de softwares colaborativos e de fonte aberta, de sistemas operacionais livres e participativos. A sua liberdade no mundo das mídias locativas é diretamente proporcional ao desenvolvimento da computação móvel aberta. Assim como na era do ciberespaço “lá em cima”, bem como na era da internet pingando nas coisas, lute contra o fechamento dos dispositivos, dos sistemas, dos softwares e dos contratos, como os que vigoram no atual sistema de telefonia móvel mundial. Busque, use e distribua jailbreak para todos os sistemas da mobilidade e da localização!

11. Pense que o único interesse do uso das mídias locativas é produzir sentido nos lugares. Se isso não acontece, desligue ou crie um uso que desconstrua o aparelho. Você não precisa ser preciso, você não precisa estar localizado o tempo todo, você não precisa ser sempre racional, um homo-economicus total para viver o local! Se os dispositivos ajudam, use-o, senão, desvie os usos (hacking) e, se não der mesmo assim, abandone!

12. Ache um equilíbrio entre o clique generalizado no mundo da informação e a contemplação ociosa. Desconecte e reconecte os seus dispositivos, sempre, diariamente, permanentemente. Pare, feche os olhos, abra os ouvidos e desloque-se apenas pelo pensamento, essa desterritorialização absoluta (Deleuze).

13. A questão da localização nem sempre está ligada ao espaço e ao movimento, mas ao tempo. Pense assim na duração, na viscosidade das coisas, na imobilidade, no tempo estendido. Saiba que nunca há “tempo perdido” e é impossível “matar o tempo”.

14. Independente de qualquer smartphone ou GPS, o que importa é que você já sabe onde está: "você está aqui" e "agora". Inverta a máxima de Walter Benjamin (1927) que afirmava que os “lugares foram reduzidos a pontos coloridos em um mapa”. Faça com que este pontos sejam efetivamente lugares.

15. Lute para que marcas, indicando nos mapas o que está perto de você, não evitem o seu encontro com o inusitado nem com o outro. Não se preocupe se não souber o que há por perto. Tenha consciência que, de qualquer forma, você sempre encontrará o caminho para os lugares que procura. Simples: peça informação, pergunte, procure indícios, encare o espaço como algo a ser desbravado, localmente, em contato com o mundo ao seu redor.

16. Pense nos cruzamentos, nas esquinas, nas diferenças de posicionamento; pense nas conexões, nas distâncias e nas aproximações; pense no audível e no inaudível, no visível e no invisível, no fixo e no mutável. Pense nos lugares como parte da sua existência, permanentemente em construção. Pense que você só é estando locativamente.

17. Dê sentido ao seu lugar no mundo, social, cultural e politicamente. As mídias locativas podem, através de anotações, de mapeamentos, de redes sociais móveis, de mobilizações políticas ou hedonistas e de jogos de rua, ajudar nesse processo. Mas tudo é potência e resta ainda o trabalho difícil, penoso, lento, de atualização.

18. Pense nos bairros, nos cruzamentos, nos caminhos, nos pontos históricos, nas bordas (Lynch). Sempre se pergunte como as mídias locativas podem agir em cada uma dessas dimensões: Como criar comunidade e agir politicamente (bairro)?, como proporcionar encontros (cruzamentos)?, como abrir novas veredas (caminhos)?, como criar novos marcos (pontos)?, como tensionar as fronteiras (bordas) com essas tecnologias?

19. Toda mobilidade pressupõe imobilidade e não existe e não existirá um mundo sem fronteiras. Fronteira é controle e controle pode ser liberdade. A imobilidade é uma condição da mobilidade e vice-versa. Só podemos pensar uma em relação à outra. Devemos mesmo estar imóveis para pensar a mobilidade e em movimento para pensar a inércia. Defina as suas fronteiras, tenha autonomia no controle de suas bordas, pare para se locomover e locomova-se para parar.

20. “Des-locar” não é acabar com o lugar, mas colocá-lo em perspectiva. Desloque-se e aproprie-se do urbano, escreva seu espaço com texto, imagens e sons, reúna pessoas, jogue, ocupe o espaço lá fora. As mídias locativas permitem isso. Mas se não conseguir fazer nada disso, então pense no uso e no porquê dessas tecnologias.

21. Mapas são sempre psicocartografias, nunca são neutros. Instrumentos técnicos, mnemônicos e comunicacionais, os mapas, incluindo aí os “Google Earth”, “Maps”, “Street”, e seus similares, são sempre expressões de visões tendenciosas do mundo. Eles sempre refletem estruturas de poder e servem como instrumentos para estender um domínio geopolítico. Pense na “miopia” dos mapas digitais. Compare os detalhes de Tóquio e de cidades da África nos mapas digitais para ter uma idéia dessa invisibilidade.

22. Saiba que todo mapa é uma mídia e que todo mapeamento é uma ação de comunicação, com mensagem, emissor, canal e receptor. Mapear é escrever e ler o espaço. Mapear é sempre um discurso sobre o espaço e o tempo. Mapas, como as mídias, são sempre formas de visualização, de conhecimento e de produção da realidade do mundo externo. Busque, como Borges no “Del Rigor de la Ciência”, criar mapas que sejam novos territórios na escala 1 x 1.

23. Construa mapas que desconstruam visões de mundo. Produza mapas do que não é mapeado em seu entorno, do que é invisível aos olhos bem abertos. Escape do cartesianismo, do racionalismo e das coordenadas geoespaciais. Tente usar as mídias locativas para descentralizar o poder de construção de mapas e de sentido sobre os lugares. Como diz Meyrowitz: “toda mídia é um GPS mental";

24. Não abuse das redes sociais móveis: encontrar amigos e conhecidos ao acaso pode ser mais interessante do que o tudo programado. A surpresa pode ser um ingrediente para grandes encontros. Mas pense também nas novas formas de voyeurismo, de controle, de monitoramento e de vigilância de amigos, familiares, empregados e empregadores.

25. Você é um ponto em roaming nos diversos sistemas (GPS, redes de telefonia celular, etiquetas RFID, redes Wi-Fi ou bluetooth...). Saiba que novos tipos de controle, monitoramento e vigilância (sutis, transparentes e locativos) estão cada dia mais presentes em tudo o que você faz, desde ligar o celular, acessar uma rede sem fio em um café, atualizar em mobilidade sua rede social, usar o caixa do banco, circular com uma etiqueta RFID em sua camisa ou pagar um pedágio automaticamente ao passar com o seu carro. Pense que não são apenas as câmeras de vigilância que estão te olhando!

26. Na atual fase da computação ubíqua e da internet das coisas, há os dados fornecidos, os “data”, mas há também aqueles que não são “dados”, mas captados à sua revelia e, as vezes, sem o seu conhecimento, os “capta” (Kapadia, et al.). Pense neles, nos “data” que você fornece e nos “capta” que te são roubados! Lute para proteger (agenciar) os novos territórios informacionais de onde emanam os invisíveis “data” e “capta”. Controle e defenda a sua privacidade e o seu anonimato, fundamento e garantia das democracias modernas. Crie, se for preciso, sistemas de contravigilância: sousveillance (Mann) contra a surveillance. No limite, forneça informações imprecisas ou desligue e torne-se invisível.

27. Não há apenas o panopticom do confinamento disciplinar de Foucault, mas o “controlato”, a modulação, a cifra e o “dividual” de Deleuze. As paredes não vedam mais nada. Os presos atacam da prisão. Para Pascal, o problema do homem é que ele não consegue ficar sozinho no seu quarto. Com as camadas informacionais, o que significa e qual a eficiência informacional de mandar alguém ficar de castigo, sozinho, no seu quarto?

28. Não há uso, distribuição, produção ou consumo neutro de informação e ou de tecnologias. Pense em como as mídias locativas podem te ajudar a criar e destruir seus territórios. Quais os limites dos seus territórios? Pense em maneiras criativas de contar histórias, de fazer política, de jogar e de se divertir. Essas tecnologias podem te ajudar a escrever e demarcar eletronicamente o seu espaço circundante, mas busque novas significações, novas memórias dos lugares, reforçar os vínculos sociais e o imaginário coletivo.

29. Comprometa-se em reverter a lógica dos olhares vigilantes, em produzir sons para ouvidos atentos, em criar imagens do passado atreladas ao presente. As mídias locativas só têm importância se ajudarem a produzir conteúdo que faça sentido para você e para o lugar onde vive. Não use passivamente nenhuma mídia, especialmente essas que agem sobre a sua mobilidade e localização no mundo!

30. Pense no uso da técnica (ela não é neutra), na comunicação como aproximação ao lugar e ao outro (ela não é impossível, mas improvável - Luhmann) e no seu lugar no planeta (ele é parte da sua existência). A pergunta deve ser: as mídias locativas te ajudam a encontrar o teu lugar no mundo?

23.4.09

Que livro vc é?

eu sou:

"Antologia poética", de Carlos Drummond de Andrade

"O primeiro amor passou / O segundo amor passou / O terceiro amor passou / Mas o coração continua". Estes versos tocam você, pois você também observa a vida poeticamente. E não são só os sentimentos que te inspiram. Pequenas experiências do cotidiano – aquela moça que passa correndo com o buquê de flores, o vizinho que cantarola ao buscar o jornal na porta – emocionam você. Seu olhar é doce, mas também perspicaz.


"Antologia poética" (1962), de Drummond, um dos nossos grandes poetas, também reúne essas qualidades. Seus poemas são singelos e sagazes ao mesmo tempo, provando que não é preciso ser duro para entender as sutilezas do cotidiano.

18.4.09

# 32


Cinema e Vídeo

Persistência do experimental
Nesse sábado dia 18, o projeto Imagem-Pensamento traz seis vídeos do premiado realizador paulista Carlos Adriano. Seus filmes nada convencionais oscilam entre a admiração pelo tema proposto e o fascínio pelo próprio aparato cinematográfico. A obra de Carlos Adriano mostra uma opção rara e convicta pela dimensão experimental do cinema. Toda a mostra será realizada em película.

Poloneses
Outra oportunidade rara: o Cine Humberto Mauro apresenta a mostra 100 Anos da Cinematografia Polonesa. Em comemoração ao centenário da indústria cinematográfica na Polônia, o evento acontece do dia 13 de abril a 3 de maio, com a exibição de 14 longas produzidos entre 1929 e 2008.

Moran
O Cineclube Curta-Circuito exibe, no dia 20 de abril, a programação de Panoramas com cinco curtas de Patrícia Moran. A artista transita entre suportes e gêneros diversos e seus trabalhos trazem uma visão política e poética da realidade. O Curta-Circuito acontece no Cine Humberto Mauro, no Palácio das Artes.

Arte

Marco Paulo Rolla
O blog www.marcopaulorolla.blogspot.com do artista plástico e performer Marco Paulo Rolla apresenta as experiências desse que é um artista peculiar no cenário brasileiro. Entre a pintura, a colagem e a performance, sua obra reinventa a cultura de massa em apropriações que são, ao mesmo tempo, irônicas, estranhas e incômodas.

Dança na rodoviária
A Cia. de Dança do Palácio das Artes apresenta três espetáculos, no dia 17 de abril, no Terminal Rodoviário de Belo Horizonte. O evento faz parte do projeto Plataforma da Arte, que ocupa o terminal com espetáculos de dança.
15h – Espaço para a Dança
16h – Plug-in + O Abraço

Rede

Mundo-Lego
O engenheiro de softwares e apaixonado por Lego, Mike Balakov, resolveu recriar algumas das imagens que marcaram o mundo usando justamente estes pequenos blocos. O resultado está no seu flickr www.flickr.com/photos/balakov/sets/72157602602191858

Caseiros
A revista digital de cinema documentário Doc On-line publicou sua 5ª edição que tem com tema "Filmes caseiros e filmes para a Internet". A revista divulga as linhas de pesquisa mais relevantes no vasto campo do cinema documentário.

Life on-line
A revista americana Life disponibiliza um banco de imagens desde 1750 até os dias atuais. São imagens históricas e em sua maioria inéditas. Visite o site httpimages.google.com/hosted/lifee faça o download gratuito.

Artforum
Uma das mais conceituadas revistas de arte do mundo, a Artforum, possui uma versão on-line com vídeos, entrevistas, performances e informações sobre museus e galerias de arte no mundo todo. Visite o site http://artforum.com

Autofagia
A Revista Autofagia é um projeto que conta com colaboradores de diversos estados brasileiros e de diferentes áreas de atuação como fotografia, artes gráficas, música, poesia, jornalismo e performance. Conheça os dois primeiros números, disponíveis para download no site http://saborgraxa.wordpress.com/revista-de-autofagia/

Editais

Kabun!
A OI Kabum! Escola de Arte e Tecnologia e a Associação Imagem Comunitária (AIC) abrem seleção de arte-educadores para atuarem na unidade de BH. A escola, um projeto do Instituto Oi Futuro, é um programa de inclusão social que forma jovens de grandes centros urbanos brasileiros para o uso de linguagens multimídia. As vagas são nas áreas de vídeo, design gráfico, fotografia, webdesign, computação gráfica, design sonoro, história da arte e desenvolvimento pessoal e social.

As inscrições podem ser feitas até o dia 20 de abril, exclusivamente via internet. http://www.oifuturo.org.br/selecaooikabum/ <http://www.oifuturo.org.br/selecaooikabum/>

Mobilfest
O IV Mobilefest 2009 – Festival Internacional de Arte e Criatividade Móvel – acontece entre os dias 17 e 28 de setembro de 2009, no Museu da Imagem e do Som (MIS), em São Paulo. O tema do evento é “Como a tecnologia móvel pode contribuir para a democracia, cultura, arte, ecologia, paz, educação, saúde, e o terceiro setor?”
As inscrições devem ser enviadas até 15 de junho. Mais informações no site www.mobilefest.org

Imagem e texto
A VII Mostra Minas, que ocorrerá em junho de 2009 no Palácio das Artes, recebe inscrições até o dia 17 de abril. A mostra difunde e debate a produção audiovisual mineira contemporânea, a partir das relações entre audiovisual e literatura. Para informações acesse: www.letras.ufmg.br/atelaeotexto/mostraseestudosaudiovisuais_eventosrealizados_mostraminas7.html

E...

Cibercomunismo
Um importante ativista da informação livre, Richard Barbrook lança seu livro “Futuros imaginários" no dia 29 de abril, às 9h, na Praça da Liberdade, em Belo Horizonte. O livro foi disponibilizado na internet, seguindo as normas da Creative Commons. Vale o download.
http://www.trezentos.blog.br/?p=297

Rumos
Ciclo de palestras com as pesquisadoras Suely Rolnik e Consuelo Linsdo e com o cineasta Joel Pizzini no Instituto Itaú Cultural. A programação é parte do lançamento dos editais do Rumos (Arte Cibernética, Cinema e Vídeo, Dança e Jornalismo Cultural). As palestras acontecem no Museu Inimá de Paula, à Rua da Bahia 1.201.

22 de abril
19h - Palestra sobre processos de criação, com Suely Rolnik

23 de abril
19h - Palestras O Real Imaginado: O Documentário de Criação, com Joel Pizzini, e Processos de Criação no Documentário, com Consuelo Lins

15.4.09

uma mulher,






só isso.

14.4.09

jonny no rio!


daqui

é...

a gente se sente perdido, mas levanta e tenta concentrar... dá uma sacudida e segue em frente.

13.4.09

Fitter Happier

Fitter, happier, more productive,
comfortable,
not drinking too much,
regular exercise at the gym
(3 days a week),
getting on better with your associate employee contemporaries,
at ease,
eating well
(no more microwave dinners and saturated fats),
a patient better driver,
a safer car
(baby smiling in back seat),
sleeping well
(no bad dreams),
no paranoia,
careful to all animals
(never washing spiders down the plughole),
keep in contact with old friends
(enjoy a drink now and then),
will frequently check credit at (moral) bank (hole in the wall),
favors for favors,
fond but not in love,
charity standing orders,
on Sundays ring road supermarket
(no killing moths or putting boiling water on the ants),
car wash
(also on Sundays),
no longer afraid of the dark or midday shadows
nothing so ridiculously teenage and desperate,
nothing so childish - at a better pace,
slower and more calculated,
no chance of escape,
now self-employed,
concerned (but powerless),
an empowered and informed member of society
(pragmatism not idealism),
will not cry in public,
less chance of illness,
tires that grip in the wet
(shot of baby strapped in back seat),
a good memory,
still cries at a good film,
still kisses with saliva,
no longer empty and frantic like a cat tied to a stick,
that's driven into frozen winter shit
(the ability to laugh at weakness),
calm,
fitter,
healthier and more productive
a pig in a cage on antibiotics.


6.4.09

sobre a turnê.

O “reservado” Thom Yorke, na folga, foi fazer uma visita à cidade de Valparaíso, cidade litorânea colorida na costa do Pacífico, onde o poeta Pablo Neruda tinha uma casa etc. Abordado por um brasileiro (claro…) na rua, Thom Yorke se viu diante da pergunta “Nos shows da América do Sul, qual o momento que você achou mais importante?”. Yorke respondeu: “A hora em que o público cantou ‘Paranoid Android’ em São Paulo”.

Daqui.
tem dias que a vida anda sem graça, sem graça a vida.

3.4.09