30.10.05

e agora?!



quero você.

e agora?!

o que eu faço?!

ô vida!

tava escondido.
jogado de lado.

e de repente:

queria te pedir desculpas.

--

vai entender!

l>fix you - coldplay
com fome.

27.10.05

descobri.

na verdade,
tenho que pedir
desculpas
pra mim.

l> conversa de botas batidas - Los hermanos (não consigo parar de ouvir!)
tranqüila (ou fingindo estar.)

mesclagem.

sou mesclagem de
menina
mulher
mulher
menina

que quer, quer muito,
mas não sabe como
e pensando bem...
não sabe ao certo
o quê.

irreconhecível.


Esforços do sujeito apaixonado para compreender e definir o ser amado "em si", com um determinado tipo característico, psicológico ou neurótico, independentemente dos dados particulares da ligação amorosa.

1. Estou preso nesta contradição: de um lado, creio conhecer o outro melhor do que ninguém e afirmo isso triunfalmente a ele ("Eu te conheço. Só eu te conheço bem!"); e, por outro lado sou freqüentemente assaltado por essa evidência: o outro é impenetrável, raro, intratável; não posso abri-lo, chegar até sua origem, desfazer o enigma. De onde ele vem? Quem é ele? Por mais que eu me esforce não o saberei nunca.

2. Se desgastar, se esforçar por um objeto impenetrável é pura religião. Fazer do outro um enigma insolúvel do qual depende minha vida, é consagrá-lo como deus; não decifrarei nunca a pergunta que ele me faz, o enamorado não é Édipo. Só me resta então converter minha ignorância em verdade. Não é verdade que quanto mais se ama, mais se compreende; o que a ação amorosa consegue de mim, é apenas uma sabedoria: não tenho que conhecer o outro; sua opacidade não é de modo algum a tela de um segredo, mas sim uma espécie de evidência, na qual fica abolido o jogo da aparência e do ser. Experimento então essa exaltação de amar profundamente um desconhecido que o será sempre: movimento místico: tenho acesso ao conhecimento do desconhecido.

3. Ou ainda: ao invés de querer definir o outro ("O que é que ele é?"), me volto pra mim mesmo: "O que é que eu quero, eu que quero te conhecer?". O que aconteceria se eu quisesse te definir como uma força e não como uma pessoa? E se eu me situasse como uma outra força diante da tua força? Aconteceria o seguinte: meu outro se definiria apenas pelo sofrimento ou pelo prazer que ele me dá.

By Nonada.

é simples.

entre, a casa é sua.
vomite nos móveis
suje as paredes
risque o chão
e
depois

tranque a porta.

25.10.05

vomitando.

"...Ao escrever eu me dou as mais inesperadas surpresas. É na hora de escrever que muitas vezes fico consciente das coisas das quais, sendo inconsciente, eu antes não sabia que sabia".

Clarice Lispector

tô desistindo, trancando as malas, indo embora.
mas o estranho é que sei que, por mais que eu tente, não vou conseguir.
perder minha essência, ou melhor, jogá-la fora, dói.
dói muito.

mas de repente, acontecem algumas coisas que...
enfim, não sei explicar.

o word aberto e uma frase assim pra mim:

Casa comigo que eu te faço a pimenta mais suave desse prédio.

l> é de lágrima - los hermanos
eu.

24.10.05

será?!

será que tenho cura?!

será?
será?

ai ai...
dúvida cruel!

Me desculpa?!

Descobri que a sua cor
não é a minha
favorita.

l> what if - coldplay
querendo um pedaço de
queijo.

Foi?

curiosamente
faço amor com as palavras.
crio sentidos.
brinco.
falo que sim,
falo que não.

e depois pergunto:
- Foi bom pra vc?

23.10.05

Receita.



eu só queria aprender
a lidar com essas
maluquices que teimam
emme atormentar.

alguma receita?!

sabe?!

falo demais
sinto demais

medo demais
sofro demais.

--

vazio que embrulha o estômago.
dói.

l> veja bem, meu bem - los hermanos
amaranteando.

post secret

Bandeira Branca - Luis Fernando Verissimo

Ele: tirolês. Ela: odalisca.
Eram de culturas muito diferentes, não podia dar certo. Mas tinham só quatro anos e se entenderam. No mundo dos quatro anos todos se entendem, de um jeito ou de outro. Em vez de dançarem, pularem e entrarem no cordão, resistiram a todos os apelos desesperados das mães e ficaram sentados no chão, fazendo um montinho de confete, serpentina e poeira, até serem arrastados para casa, sob ameaças de jamais serem levados a outro baile de Carnaval.

Encontraram-se de novo no baile infantil do clube, no ano seguinte. Ele com o mesmo tirolês, agora apertado nos fundilhos, ela de egípcia. Tentaram recomeçar o montinho, mas dessa vez as mães reagiram e os dois foram obrigados a dançar, pular e entrar no cordão, sob ameaça de levarem uns tapas. Passaram o tempo todo de mãos dadas. Só no terceiro Carnaval se falaram.

— Como é teu nome?
— Janice. E o teu?
— Píndaro.
— O quê?!
— Píndaro.
— Que nome!

Ele de legionário romano, ela de índia americana. Só no sétimo baile (pirata, chinesa) desvendaram o mistério de só se encontrarem no Carnaval e nunca se encontrarem no clube, no resto do ano. Ela morava no interior, vinha visitar uma tia no Carnaval, a tia é que era sócia. — Ah. Foi o ano em que ele preferiu ficar com a sua turma tentando encher a boca das meninas de confete, e ela ficou na mesa, brigando com a mãe, se recusando a brincar, o queixo enterrado na gola alta do vestido de imperadora. Mas quase no fim do baile, na hora do Bandeira Branca, ele veio e a puxou pelo braço, e os dois foram para o meio do salão, abraçados. E, quando se despediram, ela o beijou na face, disse “Até o Carnaval que vem” e saiu correndo.

No baile do ano em que fizeram 13 anos, pela primeira vez as fantasias dos dois combinaram. Toureiro e bailarina espanhola. Formavam um casal! Beijaram-se muito, quando as mães não estavam olhando. Até na boca. Na hora da despedida, ele pediu:

— Me dá alguma coisa.
— O quê?
— Qualquer coisa.
— O leque.

O leque da bailarina. Ela diria para a mãe que o tinha perdido no salão.

No ano seguinte, ela não apareceu no baile. Ele ficou o tempo todo à procura, um havaiano desconsolado. Não sabia nem como perguntar por ela. Não conhecia a tal tia. Passara um ano inteiro pensando nela, às vezes tirando o leque do seu esconderijo para cheirá-lo, antegozando o momento de encontrá-la outra vez no baile. E ela não apareceu. Marcelão, o mau elemento da sua turma, tinha levado gim para misturar com o guaraná. Ele bebeu demais. Teve que ser carregado para casa. Acordou na sua cama sem lençol, que estava sendo lavado. O que acontecera?

— Você vomitou a alma — disse a mãe.

Era exatamente como se sentia. Como alguém que vomitara a alma e nunca a teria de volta. Nunca. Nem o leque tinha mais o cheiro dela. Mas, no ano seguinte, ele foi ao baile dos adultos no clube — e lá estava ela! Quinze anos. Uma moça. Peitos, tudo. Uma fantasia indefinida. — Sei lá. Bávara tropical — disse ela, rindo. Estava diferente. Não era só o corpo. Menos tímida, o riso mais alto. Contou que faltara no ano anterior porque a avó morrera, logo no Carnaval. — E aquela bailarina espanhola? — Nem me fala. E o toureiro? — Aposentado. A fantasia dele era de nada. Camisa florida, bermuda, finalmente um brasileiro. Ela estava com um grupo. Primos, amigos dos primos. Todos vagamente bávaros. Quando ela o apresentou ao grupo, alguém disse “Píndaro?!” e todos caíram na risada. Ele viu que ela estava rindo também. Deu uma desculpa e afastou-se. Foi procurar o Marcelão. O Marcelão anunciara que levaria várias garrafas presas nas pernas, escondidas sob as calças da fantasia de sultão. O Marcelão tinha o que ele precisava para encher o buraco deixado pela alma.

Quinze anos, pensou ele, e já estou perdendo todas as ilusões da vida, começando pelo Carnaval. Não devo chegar aos 30, pelo menos não inteiro. Passou todo o baile encostado numa coluna adornada, bebendo o guaraná clandestino do Marcelão, vendo ela passar abraçada com uma sucessão de primos e amigos de primos, principalmente um halterofilista, certamente burro, talvez até criminoso, que reduzira sua fantasia a um par de calças curtas de couro. Pensou em dizer alguma coisa, mas só o que lhe ocorreu dizer foi “pelo menos o meu tirolês era autêntico” e desistiu. Mas, quando a banda começou a tocar Bandeira Branca e ele se dirigiu para a saída, tonto e amargurado, sentiu que alguém o pegava pela mão, virou-se e era ela. Era ela, meu Deus, puxando-o para o salão. Ela enlaçando-o com os dois braços para dançarem assim, ela dizendo “não vale, você cresceu mais do que eu” e encostando a cabeça no seu ombro. Ela encostando a cabeça no seu ombro.

Encontraram-se de novo 15 anos depois. Aliás, neste Carnaval. Por acaso, num aeroporto. Ela desembarcando, a caminho do interior, para visitar a mãe. Ele embarcando para encontrar os filhos no Rio. Ela disse “quase não reconheci você sem fantasias”. Ele custou a reconhecê-la. Ela estava gorda, nunca a reconheceria, muito menos de bailarina espanhola. A última coisa que ele lhe dissera fora “preciso te dizer uma coisa”, e ela dissera “no Carnaval que vem, no Carnaval que vem” e no Carnaval seguinte ela não aparecera, ela nunca mais aparecera. Explicou que o pai tinha sido transferido para outro estado, sabe como é, Banco do Brasil, e como ela não tinha o endereço dele, como não sabia nem o sobrenome dele e, mesmo, não teria onde tomar nota na fantasia de falsa bávara…

— O que você ia me dizer, no outro Carnaval? — perguntou ela.
— Esqueci — mentiu ele.

Trocaram informações. Os dois casaram, mas ele já se separou. Os filhos dele moram no Rio, com a mãe. Ela, o marido e a filha moram em Curitiba, o marido também é do Banco do Brasil… E a todas essas ele pensando: digo ou não digo que aquele foi o momento mais feliz da minha vida, Bandeira Branca, a cabeça dela no meu ombro, e que todo o resto da minha vida será apenas o resto da minha vida? E ela pensando: como é mesmo o nome dele? Péricles. Será Péricles? Ele: digo ou não digo que não cheguei mesmo inteiro aos 30, e que ainda tenho o leque? Ela: Petrarco. Pôncio. Ptolomeu…

Eu sei é um doce te amar
O amargo é querer-te pra mim

Condicional, Rodrigo Amarante.

19.10.05

Cortei

Desfiado
entre pescoço
e ombro.

11.10.05

Frustrações, decepções e euforias




Tenho grandes frustrações e decepções.
Tenho grandes euforias. Amo e odeio apaixonadamente.

Uma vida intensa, difícil, saborosa!
Acho a vida uma grande aventura.
Espero que os idiotas me compreendam.

Samuel Rawet


http://www.olhares.com/movida/foto359746.html

Conto.

See You Soon

De repente, a porta se abriu. Paul já não agüentava mais aquela angústia de ficar esperando Claire todas as noites, estava ficando insuportável. Mas ele sabia que não adiantaria reclamar, ela o ignoraria. Para Claire não havia nada melhor do que se sentir livre pichando as ruas de New York, após trabalhar 8 horas na lanchonete da esquina.
O ato de pichar mesmo não era o que mais a impulsionava, afinal nem sabia manusear direito o spray, o que na verdade a estimulava era o imenso prazer que sentia ao ficar observando no dia seguinte as reações das pessoas que passavam em frente às pichações. Umas olhavam assustadas, outras, não seguravam a gargalhada, e outras ainda, balançam a cabeça, às vezes concordando, noutras não.


Desde pequena, ela gostava muito de política, seu pai fora hippie e militante comunista durante a Guerra do Vietnã e com certeza isso influenciou muito na sua personalidade. Claire sempre questionava os professores, impunha sua opinião nas aulas de História e Sociologia e não agüentava se relacionar com pessoas que preferiam acatar às regras da sociedade a dizerem o que realmente queriam.

No entanto, ao se formar em jornalismo, ela conheceu Paul. Namoraram durante 8 meses e, como ele tinha uma boa situação financeira, se casaram. Claire se apaixonou desde quando o viu pela primeira vez, sentado na lanchonete. Paul fazia um tipo sério, intelectual e estava sempre com um livro que revelava que seus gostos eram parecidos.

Ela, no entanto, sofreu uma decepção com o passar dos anos. Paul era somente uma máscara, nunca se interessou mesmo por política e nem com questões sociais. Sempre fora bajulado por seus pais, empresários riquíssimos, e só fingia ser um revolucionário para conquistar amigos. Quando conheceu Claire ficou muito feliz por sua tática ter dado certo e, inocentemente, acreditou que não a decepcionaria e com ela poderia até aprender a gostar desse lado, como ele mesmo dizia, obscuro.

Mas quando Claire percebeu essa farsa do marido, conversou com ele e resolveram que cada um teria que respeitar os respectivos modos de vida e as ideologias. Paul, que amava muito Claire, aceitou.
Depois de um mês vendo sua mulher escrevendo para o jornal alternativo da cidade, com propostas polêmicas, pichando as ruas de New York, e uma vez ou outra chegando em casa reclamando de algum cliente que mais parecia um boneco, pois não sabia nem ao menos que o país só teve uma constituição; Paul se cansou.


Esperou que Claire tomasse seu banho, lesse o jornal do dia e fosse dormir. Quando apagou o seu último cigarro, Paul se levantou do sofá, pegou sua mala que já estava pronta, as chaves do carro e partiu.

Não deixou nem ao menos um bilhete, não saberia ao certo o que dizer, na verdade, estava se sentindo um covarde. Foi direto para New Jersey, onde seus pais moravam. Ao chegar, sua mãe veio correndo, lhe deu milhões de beijos e, finalmente, disse:
-Até que enfim, meu filho! Você abriu seus olhos! Sabia que não ia agüentar conviver com aquela louca!Paul ignorou o que sua mãe havia lhe dito e foi direto abraçar seu pai. Pegou sua mala e entrou em casa. Quando chegou no quintal, viu que estava tendo uma festa para comemorar o primeiro aniversário da cadela que sua mãe havia ganhado de seu pai. Toda as socialites de New Jersey estavam presentes e, estranhamente, Paul sentiu um nojo daquilo tudo.


Foi direto para o seu quarto, deitou-se e pensou em Claire. Mas enfim, estava ciente de que não daria mais certo e que teria que esquecê-la. Tomou um banho e desceu para dar uma assistência à mãe. Chegando lá, viu que alguns amigos seus de infância haviam chegado. Sentou-se na mesa com eles, e conversaram durante longas horas. Anni era uma das garotas mais lindas do colégio e hoje estava casada. Era uma pessoa extremamente volúvel e submissa, isso fez com que Paul pensasse em Claire novamente. Depois de 4 horas sentado, Paul começou a se sentir mal, como se tudo aquilo fosse uma perda de tempo. Disse aos seus amigos que estava cansado da viagem e precisa se deitar. Foi para o seu quarto e pegou sua mala.
Claire não dormiu durante a noite, não conseguia parar de pensar em Paul. No dia seguinte, 9h da manhã, a campanhia tocou.

Previsão do dia.


previsão do dia: olhar perdido procurando algo indefinido, passar horas ouvindo The Blowers Daughter, sentir, sentir, sentir, pensar, pensar, pensar...
rolar na cama até
e-s-q-u-e-c-e-r.
ou
fingir que
e-s-q-u-e-c-i.

http://www.olhares.com/foto356588.html

l> sentimental - los hermanos
brincando de fingir.

Garota de emoções instáveis

Neste momento estou entre quatro paredes...e olho pra mim. Às vezes, me acho pior do que sempre disseram que sou. Não gosto do meu cabelo e dos meus dedos, muito menos da minha batata da perna. Acho minha voz chata e meus gestos inconvenientes. No entanto, penso e paro...penso mais um pouco e paro novamente. E, nesse impasse, VIVO. Tenho medo de mim, medo das minhas angústias, dos meus sonhos, dos meus passos...medo até mesmo dos meus medos. Isso porque sou duas em uma ou uma em duas, como queiram... -afinal, a ordem dos fatores não altera o produto- . Ao mesmo tempo em que me derreto de tanto chorar, caio na risada. Ao mesmo tempo em que abro um sorriso, fecho a cara. Finjo conquistar as pessoas e elas, coitadas, acabam participando desse jogo sem imaginarem a furada na qual estão entrando. No entanto, me estrepo ao me relacionar, uma vez que ao fingir que amo, acabo amando.

E, enquanto minha personalidade atravessa essa crise, estranhamente sinto-me como uma flor nua... serena. O que se justifica a partir do momento em que me encontro como um enigma, mas ao mesmo tempo, como um simples abecedário. Nesse exato instante, consigo enxergar a vida por meio de uma lente cristalina, a qual me permite ver a cor dos olhos dos pardais, os quais insistem em posar no meu colo. Como diz Manoel de Barros: "Eu vejo a voz dos passarinhos...". Percebo também que onde imaginei que houvesse lindas orquídeas é infestado por espinhos. E choro, choro muito por ter deixado tantos sofrerem por erros cometidos por mim. Entretanto, noto ainda que pelo meu caminho há flores...infindas! E assim, saio colhendo todas elas e todas as estrelas do céu!

Mas em meio a essa felicidade instantânea, caio em mim. Sinto vontade de chorar no colo de alguém. Olho para os lados e meus olhos nada encontram... Assim, acabo chorando em meu próprio colo. Depois, enxugo minhas lágrimas e começo a acreditar que talvez há uma certa magia na ilusão, mesmo que me apontem como ingênua, infantil. Afinal, todos vivem em um mundo ilusório. Isso porque não existem certezas sobre o amanhã e, também, se existissem que graça teria viver?

Contudo, em devaneios penso pela última vez, pois percebo que é melhor parar de pensar... assim como é melhor vc parar de ler...

The blowers daughter, Damien Rice





And so it is
Just like you said it would be
Life goes easy on me
Most of the time
And so it is
The shorter story
No love, no glory
No hero in her sky

I can't take my eyes off of you
I can't take my eyes off you
I can't take my eyes off of you
I can't take my eyes off you
I can't take my eyes off youI can't take my eyes...

And so it is
Just like you said it should be
We'll both forget the breeze
Most of the time
And so it is
The colder water
The blower's daughter
The pupil in denial

I can't take my eyes off of you
I can't take my eyes off you
I can't take my eyes off of you
I can't take my eyes off you
I can't take my eyes off you
I can't take my eyes...

Did I say that I loathe you?
Did I say that I want to
Leave it all behind?

I can't take my mind off of you
I can't take my mind off you
I can't take my mind off of you
I can't take my mind off you
I can't take my mind off you
I can't take my mind...
My mind...my mind...
'Til I find somebody new

então...

Por que tem que ser assim?! A gente vai, se dedica, apaixona, se dispõe a oferecer tudo de ótimo pra uma pessoa e de repente... . (ponto)

Não, ninguém terminou comigo recentemente, quer dizer, na verdade não sei. Tenho uma péssima (?) mania de sair fora dos relacionamentos quando sinto que estou gostando e não estou sendo correspondida (isso estando explícito ou não). Então, nunca dá pra saber direito quem terminou com quem.
E não me pergunte se isso é bom ou ruim, não sei.

Só sei que depois de algumas experiências acumuladas e após assitir Closer, já não creio mais tanto em relaciona-mentos. No entanto, ainda sinto uma "coisa" quando ouço The Blower´s Daughter do Damien Rice.

Na verdade, só sou uma pessoa apaixonada pela vida, pelos olhares trocados entre "estranhos", pelos toques "sem querer", enfim.

Vejo e sinto magia.

Será que alguém ainda vai compreender isso?!

---

Discurso de pessoa que sente demais, que ama demais?!
É isso mesmo.

l> the blower´s daughter - damien rice
des-crente.

9.10.05

See you soon, Coldplay



So you lost your trust,
And you never should have,
you never should have,
But don't break your back,
If you ever see this,
Don't answer that.

postsecret.blogspot.com

di-gerindo.

então, será que deveríamos nos trancar para sempre?!
quietos, no canto, sem falar, sem sentir?!
um absurdo?! talvez, mas creio que seria bom não me interessar mais por "adoráveis cafajestes".

tô cansada de ficar com o calcanhar doendo e com o lado direito do rosto enrugado, de ficar imaginando milhares de situações.

cansada,
muito
c.a.n.s.a.d.a.

l> love in an elevator - aerosmith (steven tyler...ui!)
engasgada.

8.10.05

Mulher

O mistério da mulher está em cada afirmação ou abstinência, na malícia das plausíveis revelações, no suborno das silenciosas palavras.
Henriqueta Lisboa

Fotosite - portfólio de Flor Garduño.


Qual é você?

1. Personalidade psicopática

Autores psicanalíticos consideram a Psicopatia como sendo uma síndrome de Narcisismo Maligno. A estrutura de tipo narcisística do psicopata teria as seguintes características: auto-referência excessiva, grandiosidade, tendência à superioridade, exibicionismo, dependência excessiva da admiração por parte dos outros, superficialidade emocional, crises de insegurança que se alternam com sentimentos de grandiosidade. Portanto, dentro das relações de objeto (com os outros), seria intensa a rivalidade e inveja, consciente e/ou inconscientemente, refletidas na contínua tendência para exploração do outro, incapacidade de depender de outros, falta de empatia para com outros, falta de compromisso interno em outras relações.


2. Personalidade histérica


O transtorno histriônico de personalidade, ou histeria, é caracterizado por um comportamento colorido, dramático e extrovertido que se apresenta sempre exuberantemente. Os histriônicos tendem a exagerar seus pensamentos e sentimentos, apresentam acessos de mau humor, lágrimas e acusações sempre que percebem não serem o centro das atenções ou quando não recebem elogios e aprovações. Freqüentemente animados e dramáticos, tendem a chamar a atenção sobre si mesmos e podem, de início, encantar as pessoas com quem travam conhecimento por seu entusiasmo, aparente franqueza ou capacidade de sedução. Tais qualidades, contudo, perdem sua força à medida que esses indivíduos continuamente exigem o papel de "dono da festa", manifestando pronunciados traços de vaidade, egocentrismo, exibicionismo e dramaticidade. No afã de representar um papel que lhes é negado pela vida ou por suas próprias limitações pessoais, os histriônicos fazem teatro para si e para todos os demais, a sua grande platéia. Pode haver fases onde eles já não sabem onde termina a realidade e começa a fantasia, passando a acreditar em seus próprios mitos e em suas próprias encenações.

3. Personalidade borderline

As pessoas com transtorno borderline da personalidade são simpáticas e agradáveis aos outros, mas se comportam de maneira totalmente diferente com as pessoas de sua intimidade. São explosivas, agressivas, intolerantes, irritáveis, com tendência a manipular pessoas.... Somada à impulsividade, há perturbação variável da auto-imagem, dos objetivos e das preferências internas, inclusive a sexual. O paciente borderline freqüentemente se queixa de sentimentos crônicos de vazio. Há sempre uma propensão a se envolver em relacionamentos intensos mas instáveis, os quais podem causar nessas pessoas repetidas crises emocionais. Embora o borderline mantenha condutas até bastante adequadas em grande número de situações, ele tropeça escandalosamente em certas situações triviais e simples. O limiar de tolerância às frustrações é extremamente suscetível nessas pessoas.

3. Personalidade ansiosa


Os critérios para o diagnóstico do paciente com transtorno ansioso da personalidade são: a) sentimentos persistentes e invasivos de tensão e apreensão; b) crença constante de ser socialmente inepto, pessoalmente desinteressante ou inferior aos demais; c) preocupação excessiva em ser criticado ou rejeitado em situações sociais; d) relutância em se envolver com pessoas, a não ser quando absolutamente certo de ser apreciado; e) restrições ao estilo de vida devido à necessidade de segurança física; f) evitação de atividades sociais e ocupacionais que envolvam contato interpessoal significativo por medo de opiniões a seu respeito.

4. Personalidade obsessivo-compulsiva

Os critérios para diagnóstico do transtorno de personalidade obsessivo-compulsivo podem ser agrupados da seguinte forma: a) sentimentos de dúvida e cautela exagerados; b) preocupação com detalhes, regras, listas, ordem, organização e esquemas; c) perfeccionismo que interfere na conclusão de tarefas; d) escrupulosidade excessiva com a produtividade, concomitante à quase exclusão do prazer; e) aderência excessiva a algumas convenções sociais; f) inflexibilidade, rigidez e teimosia; g) insistência para que os outros se submetam aos seus conceitos de valor em relação à maneira de fazer as coisas; h) evitam tomar decisões acreditando haver sempre outras prioridades; i) falta de generosidade e de sentimentos de compaixão e tolerância para com os outros; j) dificuldade em descartar-se de objetos usados.

5. Personalidade esquizóide

Este tipo de distúrbio é verificado em pessoas que exibem um padrão de afastamento social persistente, um constante desconforto nas interações humanas, uma excentricidade de comportamento e pensamento, isolamento e introversão. O esquizóide nos dá a impressão de desinteresse, reserva e falta de envolvimento com os acontecimentos cotidianos e com as preocupações alheias, normalmente ele tem pouca necessidade de vínculos emocionais. Este tipo de personalidade reflete interesses na solidão, em trabalhos solitários e em atividades não-competitivas. Por outro lado, estas pessoas são capazes de investir grande energia afetiva em interesses que não envolvam seres humanos e podem ligar-se muito aos animais.

6. Personalidade paranóide

A característica essencial deste distúrbio é uma tendência global e injustificável para interpretar as ações das pessoas como deliberadamente humilhantes ou ameaçadoras. Quase sempre há uma crença de estar sendo explorado ou prejudicado pelos outros de alguma forma e, por causa disso, a lealdade e fidelidade das pessoas estão sendo sempre questionadas. O portador deste distúrbio de personalidade pode interpretar acontecimentos triviais e rotineiros como humilhantes e ameaçadores, desde um erro casual no saldo bancário, até um cumprimento não efusivo podem significar atitudes premeditadamente maldosas. Há uma sensibilidade exagerada às contrariedades ou a tudo que possa ser interpretado como rejeição, uma tendência para distorcer as experiências, interpretando-as como se fossem hostis ou depreciativas, ainda que neutras e amistosas. Estas pessoas podem sentir-se irremediavelmente humilhadas e enganadas, conseqüentemente agressivas e insistentemente reivindicadoras de seus direitos. Supervalorizam sua própria importância, as suas idéias são as únicas corretas e seus pontos de vistas não devem ser contestados, daí a facilidade em conquistar inimigos e a tendência em pensamentos auto-referentes. São desconfiadas, teimosas, dissimuladoras e obstinadas, vivem numa solidão freqüentemente confundida com timidez, como se não houvesse no mundo pessoas com quem pudessem partilhar sua prodigalidade, dignidade e seus sentimentos elevados. As pessoas com transtorno paranóide da personalidade são extremamente sarcásticas em suas críticas, irônicas ao extremo nos comentários e contornam as eventuais situações constrangedoras recorrendo a artimanhas teatrais e chantagens emocionais. Não toleram críticas dirigidas a sua pessoa e qualquer comentário neste sentido é entendido como declaração de inimizade. Gostam de fantasiar mas têm dificuldades em distinguir a fantasia da realidade. Pessoas com estes distúrbios são hipervigilantes e tomam precaução contra qualquer ameaça percebida.

7.10.05

Nheeeec

porta fechada
ou
porta aberta
.
.
resolva!

l> por onde andei - nando reis
aperta.

a-paixonar.


Você já esteve apaixonado alguma vez? Horrível não é? Isso te faz tão vulnerável. Isso abre seu peito e abre seu coração e isso significa que alguém pode entrar lá dentro e te bagunçar todo. Você constrói todas essa defesas, você constrói uma armadura completa, para que nada possa te machucar, então uma pessoa estúpida, Igual a qualquer outra pessoa estúpida, entra na sua vida estúpida... Você dá a ela um pedaço de você. Que ela nem pediu. Ela fez algo idiota um dia, como te beijar ou sorrir para você, então sua vida deixa de ser sua. O amor faz reféns. Ele entra dentro de você. Ele te devora e te deixa chorando na escuridão, uma frase tão simples como "talvez nós deviamos ser apenas amigos" se transforma em uma farpa de vidro que vai afundando cada vez mais no seu coração. Isso dói. Não apenas na imaginação. Não apenas na mente. é uma dor da alma, um verdadeiro entra-dentro-de-você-e-te-faz-em-pedaços tipo de dor. Eu odeio o amor.

Neil Gaiman 1960 -

Blogando

eu blogo
tu blogas
ele bloga
nós blogamos
vós blogais
eles blogam

l> fico assim sem você - adriana calcanhoto
sentindo.