25.11.06

resposta de um fã desordenado.

eu sabia que você diria tudo o que disse nessas cartas pra mim. eu sempre soube que um dia você diria, porque é óbvia demais. o seu clichê irrita, o seu sorriso irrita, a sua alegria constante irrita mais ainda.

mas enfim, o nosso banho gelado. tá tão longe, tão esquecido que nem me lembro mais de como era. eu só me lembro do azul da toalha que envolvia o seu corpo molhado. o corpo que tanto foi meu e que hoje... e que hoje....

o azul da toalha. o vermelho do seu sorriso. o laranja dos seus seios. o verde das suas mãos. o lilás das suas coxas. o preto do seu olhar. o escuro do seu olhar. escuro que há tempos já nos envolvia, nos envolvia como aquela toalha.

sobre eu ter deletado seu número de telefone da minha agenda, é verdade e não é a primeira vez que faço isso, você sabe. prefiro não ter nenhuma referência sua na minha vida. nem aquela carta que você deixou debaixo do meu travesseiro num sábado de manhã, não quero nada seu. se sofre por mim ou não, eu nunca acreditei em você. nem quando ria, nem quando chorava. e o seu sofrer não me afeta, eu desprezo suas lágrimas, inclusive aquela que caiu na minha blusa preta.

sim, você é esquisita. você é a desordenada da história, apesar de sempre ter arrumado minha cama. no entanto, a sua esquisitice é previsível. eu não falo sobre te querer mais, já repeti isso mais de mil vezes. e na verdade, nem gosto de falar sobre isso. eu prefiro deixá-la quieta e guardada lá no canto vesgo da minha vida.

você goza. você goza dançando, você goza fumando seu cigarro, você goza vendo um filme bom, você goza fazendo caretas. eu sei disso, não precisa me contar. eu sei que você samba até o sol raiar, eu já vi isso várias vezes. você borbulha, ferve. você morde e lambe os lábios. isso era bom. eu me deliciava com isso. deliciava.

bom, eu nem sei mais o que escrever para você. responder aquelas ofensas seria, no mínimo, ridículo.
ah! quanto ao seu telefonema de quinta eu quase atendi. mas sabia que você deveria estar bêbada como anda todos os dias.

e depois daquela cena.

3 comentários:

Anônimo disse...

Eu quero que você, Thais, goze comigo. Esse tal de fã desordenado é chato pra caralho, o seu clichê é o que você tem de menos óbvio e quem diz que seu sorriso irrita só pode ser um babaca. Esuqece esse banho gelado, deixa eu te esquentar nesse frio que a comete. Tenho todas as cores pra oferecer a você e só o claro, nada de escuro. Eu não tenho seui telefone, mas se o tivesse seria o que de mais importante guardaria.

Anônimo disse...

Isso aqui tá melhor que a novela das 8, heim?!
Lembra daquela frase do salto? Então...É mais ou menos esse o esquema.

Anônimo disse...

Telefone Mudo
Bruno e Marrone

Composição: (franco/ Peão Carreiro)

Eu quero que risque meu nome da sua agenda
Esqueça meu telefone, não me ligue mais
Porque já estou cansado de ser o remédio
Pra curar seu tédio
Quando seus amores não lhe satisfazem

Cansei de ser o seu palhaço
Fazer o que sempre quis
Cansei de curar sua fossa
Quando você não se sentia feliz

Por isso é que decidi
O meu telefone cortar
Você vai discar várias vezes
Telefone mudo não pode chamar.

Aou Set'lagoas