31.10.06

poderia me dar licença, madame?! obrigada.

eu mesma me rasgo. eu mesma coloco a música pra tocar. eu mesma sambo. eu mesma dou a risada. e é bom quando ninguém sabe de nada e é melhor ainda quando ninguém tem que saber de nada.

o passo leve, a gargalhada, o amigo, a mesa de um buteco e a minha beleza.
a minha única beleza.

eu preciso de mim e me tenho, toda.

mais uma, por favor?!

l> sentimental - los hermanos
um beijo e um pedaço de queijo!

[a delícia da maria não saiu aqui embaixo porque eu sou lesada.
agora perdeu a graça, deixa pra lá.]

29.10.06

o ter.

a chuva. a água escorrendo pelo corpo. o nu. os nus. o relar. os corpos. bocas. a sutileza no gesto. o não pensar. o sentir. o ter. o relar. o relar. a força no gesto. o cabelo grudado no suor. o olhar. as mãos pelo corpo. pelas costas. as mãos. as pernas se cruzando, se enroscando. as pernas. o movimento dele. dela. a boca seca. a boca desperada procurando a outra boca. a língua. o lamber. o não pensar. o sentir. o ter. o relar. o relar. os cabelos. o gosto. os olhos. as bocas. as mãos. as pernas.

l> i just don´t know what to do with myself - the white stripes.

28.10.06

o pequeno pedaço...

era 1h30 da madrugada de sábado. o telefone tocou e ela atendeu. era ele implorando para que ela descesse e fosse se encontrar com ele que estava ali, em frente a sua casa. o namoro tinha terminado há 1 mês e ela não sabia se descia; hesitou um pouco com medo de sua mãe achar estranho, mas trocou de roupa e fugiu. aquele carro e eles juntos. a lua no alto do céu. a rua deserta. o amor durante a noite toda. a magia no corpo e o gozo.

foi quando ela se acomodou no banco do passageiro e olhou para o céu. a beleza daquele negro inifinito gritava, berrava, espancava.

uma lágrima escorreu, era simples demais ser feliz.

o momento, a vida.

l> delicate - damien rice.
lindo demais!

o samba.

era como aqueles palhaços coloridos e, ao mesmo tempo em que a serpentina e o confete a coroavam, ela dançava, sambava. estava tudo tão bonito, ela passava sorrindo e sambando. enquanto ia seguindo o seu caminho pegava na mão de algum menino e sambavam juntos, depois, como todo o respeito, ela o respousava no seu lugar e continuava sambando sozinha.
ela sabia que aquilo tudo ali era só dela, que só tinha como ser dela, por isso sambava. os palhaços que a acompanhavam iam distribuindo pirulitos gigantes para todas as crianças que por ali estavam. não tinha como descrever nada, nada. era viver. O viver. O ser.


não sentia tristeza por estar só, ela sabia que isso era pequeno demais pra ela. a menina morena da gravata colorida só queria viver, viver amores. viver todos os amores. ela sabia que sua sina era entrar na vida das pessoas e depois sair, mas sem parar de sambar. isso pra ela era bonito. o sentir vidas, engolir vidas, lamber vidas, viver vidas.

ela era o doce, o doce feliz. e a vida pulsando, sempre.

eu quero te levar comigo no circo. anda logo porque a vida não fica esperando a gente ser feliz. eu prometo que o pirulito mais colorido eu dou para vc. e a gargalhada gostosa tbm.

l> mojo pin - jeff buckley
a gargalhada gostosa.

milton sobre chico.



"Sempre houve uma lenda mal contada deque o Chico era umótimo poeta, letrista,mas que as músicas não eramtão fortes e, como cantor, a mesma coisa.
Ledo engano daquelas pessoas.
Eu sempre fui contra esse tipo de pré-conceito a respeito dele.
As suas músicas são de uma riqueza fantástica. Acho que até ele não se dava o devido valor, dentro de sua timidez e simplicidade. Lembro-me de ouvi-lo tocar ao violão umas coisas que nos discos me soavam diferentes. Os maestros queriam "consertar" suas harmonias e nunca chegaram sequer aos pés das originais. Falei para ele nunca deixar que ninguém mexesse nas suas músicas, de maneira alguma. Além da poesia, ele é um tremendo compositor de música.
E outra coisa que descobri, quando gravamos ou pisamos em palcos juntos, é que ele é um grande intérprete. É muito bom cantar junto com ele, dividir as partes. O Chico tem uma divisão só dele, levanta o astral da gente nos duetos.
Não estou falando assim prá puxar seu saco, pois ambos não precisamos disso. Falo de cadeira. E como amigo, é um sucesso.
Adoro esse rapazinho! Viva Chico!"

Milton Nascimento, outubro de 1998.


l> pelas tabelas - chico buarque.
sim, eu tenho o meu ingresso.
chico buarque - carioca - joão e maria
Quem te viu quem te vê - Chico Buarque
Chico Buarque 2006 João e Maria
Chico Buarque - Tatuagem
Toquinho & Chico Buarque - Samba Pra Vinicius

27.10.06

o mundo da vida.


Por decirlo así, el mundo de la vida es el lugar trascendental donde se encuentran el hablante y el oyente, donde de modo recíproco reclaman que sus posiciones encajan en el mundo... y donde pueden criticar o confirmar la validez de las pretensiones, poner en orden sus discrepancias y llagar a acuerdos (Habermas 1987:126)

26.10.06

o presente.

_ Ontem, ainda me foi a casa com mil palavras de excitação.
_ Concluo uma ebriedade.
_ Como sabê-lo? O fato é que parecia um demônio e não explico a comparação.
_ Uma infindável crise passageira. E as estrelas?
_ Esquecidas como sempre no imenso hábito. Em verdade, parei de fitá-las, não pareciam carecer de atenção.
_ Sagaz, porém desanimador. Há um certo vício mesmo em projetos quixotescos desde sempre. E há uma vontade...
_ É verdade, mas o resto não passa de versificação ou interpretação, ou ambas.
_ Um tolo desejo purificador... é menos que falácia. Rio também de metáforas de controle.
_ Eu não riria de nenhuma metáfora.
_ Pro diabo! Importa esse comedimento?
_ Só se se bastarem os alicerces. Mas, não, não sou moralista.
_ E não me importo... esqueçamos! Fico com o não dito, porém entendo perfeitamente a ponderação.
_ Perfeição, um sério problema.
_ Sonho, esse medo do futuro.

[Elias Mol]

25.10.06

homenagem à sétima arte.

http://www.portacurtas.com.br/Filme.asp?Cod=561

I´m happy again.
é bonitinho.

e ain! vou entrevistar o Cao Hamburguer amanhã!
friozinho na barriga!

l> la noyee - Yann Tiersen.

leia com atenção! é lindo!

eu já postei isso aqui. postei há um ano, mas ain! é tão bonito! daquelas bunitezas do sertão, o sertão da vida que vive dentro da gente.

"Segredando-se, Ciganinha e Zito se consideram, nas pontinhas da realidade.-"Hoje está tão bonito, não é? Tudo, todos, tão bem, a gente alegre... Eu gosto desse tempo..." E:-"Eu também, Zito.Você vai voltar sempre aqui,muitas vezes?" E:-"Se Deus quiser, eu venho..." E:-"Zito, você era capaz de fazer como o Aldaz Navegante? Ir descobrir os outros lugares?" E:-"Ele foi, por que os outros lugares são ainda mais bonitos, quem sabe?..." Eles se disseram,assim eles dois, coisas grandes em palavras pequenas,Ti a mim, me a ti, e tanto. Contudo , e felizes, alguma outra coisa se agitava neles, confusa-assim rosa-amor-espinhos-saudade."

João Guimarães Rosa

24.10.06

aulas.

kika:

os critérios de relevância partem da experiência; ouvimos com esses critérios.

o mundo da vida, a transcedência do mundo da vida.

não dá pra atravessar o mundo da vida com o olhar equilibrado da racionalidade prática.

a pretensão do mundo objetivo é o verdadeiro/falso.
a pretensão do mundo social é a o justo/injusto.
a pretensão do mundo subjetivo é ser compreendido.

edu:

linguagem cinematográfica. hein?! anh!?
a verdade absoluta não existe.
a verdade?!

a sua verdade, na sua mão.
a sua.

l> les jours tristes - yann tiersen
a paz. =)

23.10.06

eu vou te levar aonde você quer chegar.

o cigarro com o estômago vazio.
viver por 20 minutos uma cena do godard.
1m80.
primeiro foram os olhos.
o quarto; a janela.
chico sentado na sala.
arrumar a cama.
almoço.
23h40.
fotografia.
humberto mauro.
os lábios despretensiosos.
preto no branco.
não sairia inteiro.
o nick.
daqui pro infinito.
mário world e donkey kong.
a casa vazia.
a camiseta grandona.
amélie.
chico.
mombojó.
pj harvey.
los hermanos.

o amor infindo e despudorado.

l> deixe-se acreditar - mombojó.
ah! porque eu mereço!
e sim, meu presente de natal eu ganho dia 07 ou 08 ou 09 ou 10/12.
brigada, chico!


o rosto colado.

é como uma anestesia.
a anestesia da dor.

e o sorriso estampado no rosto.
não é fuga,

é busca.

l> the build up - kings of convenience.
o cheiro.

22.10.06

qual o nome da rua mesmo?!

tinha um bilhete colado no vidro dianteiro do carro dela. estava meio molhado, havia chovido, mas ela conseguiu ler: queria conversar com você um dia, só tenho medo de, quando esse dia chegar, já não termos mais nada pra falar. ela amassou o bilhete e o jogou na poça d´água. já não tinha mais o telefone dele na sua agenda.

l> o céu, o sol e o mar - mombojó.
showzinho hoje! =)

21.10.06

alice II

algumas falas do filme:

queria te ver, eu acho.
preciso, eu acho, mas volto pra londres hoje no vôo da noite, não posso ficar.
viver é um buraco negro, alex. em momentos como esse tudo te puxa pro nada. eu odeio perder, especialmente quando eu perco de mim mesma.


alex, faz um ano que fui embora e tô indo de novo.onde é que ce tá? onde? será que a gente não tem que se encontrar nunca mais? como eu precisava de você. se lembra que um dia a gente combinou que se a gente se perdesse um do outro aqui nessa cidade ou na vida, sei lá, a gente se encontrava em algum lugar?! primeira visão mais bonita dessa cidade, vc lembra? eu tô perdida, perdida. então eu tô indo pra lá, ah! no dia em que eu fui embora vc me perguntou o que era o destino e eu não sabia (piiii).

alice, pelo amor de deus, onde é que vc tá? eu não consigo falar com vc, parece que vc não quer me encontrar. até quando ce tá perto, ce tá longe, alice. ce continua com essa mania de aumentar o buraco, ao invés de só sair dele. mas eu tô te procurando, mesmo assim.

alex, parece brincadeira, uma daquelas coisas que acontecem em filmes, tô te esperando aqui, no alto desse prédio sem saber se você vem, mesmo assim, eu fico esperando. aliás, acontece mesmo, naquele filme que a gente viu junto umas 4 vezes, mas eu vou ter que ir embora. eu não consigo parar de pensar em vc, talvez por isso eu tenha medo de vc, de falar com vc, eu tava com medo de te ver, acho que até fico aliviada de vc não tá aqui. não sei se ia dar certo, não ia saber como te encarar. aqueles mapas de londres que vc me deu de presente no dia em que fui embora, lembra? já estão todos rasgados e são os únicos que eu tenho, os únicos caminhos que eu sei tomar agora. Longe é só um lugar onde a gente nunca vai. Ah! Sua secretária eletrônica me cortou: o destino é aquilo que sai de você e enfrenta o mundo.

alice.

o amor é a eterna espera. a eterna espera de ser feliz.

eu não sei se acredito mais no amor, nas cartas apaixonadas, nos telefonemas de madrugada, nos gestos delicados. na verdade, eu não sei nem se já acreditei ou se foi tudo ilusão. eu idealizo demais o amor e sei que nunca vou conseguir encontrar o meu ideal. ficar sozinha, sem casar, deve ser bom, rs.
mas, talvez, idealizo o amor, justamente, por ele ser a única coisa em que ainda acredito. acredito tanto que desespero, dói.

é, talvez eu seja muito novinha mesmo.

e IMPLORO!!! ASSISTAM: http://www.portacurtas.com.br/Filme.asp?Cod=3276

20.10.06

chico.

bate palmas com vontade, faz de conta que é turista.

19.10.06

só a janela.

o sonho, às vezes, pode ser pequeno demais e ela já sabia disso quando abriu a janela. todos eles sonhavam demais, fugiam do amargo; ela não sabia se isso era bom ou ruim e nem importava saber.
o que importava era ela, ali, olhando a solidão daquela janela.

Clara era o nome dela. estava feliz, tristemente feliz. olhou para o lado esquerdo e viu o maço de cigarro em cima do criado-mudo, pegou um. aquele momento era dela e não admitiria se alguém entrasse naquele quarto. o ficar sozinha, o pentear os cabelos, o olhar na janela. pensou no filme que queria ver, a garota da ponte, mas sabia que naquele momento o cinema iria pertubá-la. não queria nada, nem ninguém.

18.10.06

o encantado.

parecia que nada daquilo estava acontecendo. ele se encontrou com um amigo que não via há anos, se encontrou com aquela menina do seu passado e percebeu que o ódio de um ano atrás havia passado. e ele a viu. a viu tão longe a poucos passos dele. tão distante que nem sabia se era ela. deu risada da vida. a risada amarga, gostosa.

e acendeu um cigarro depois de "os oím do meu amor".

15.10.06

this mess we´re in.

porque o irracional é mais bonito.

14.10.06

primeira pessoa.

Quero mergulhar em todos os sonhos. Sentir a gota escorrendo na face, o suor latejando. O amor é tão grande que não cabe dentro de mim. Eu calo, eu berro, eu faço e desfaço, eu vivo. Quero escrever todas as linhas de várias vidas. De todas as vidas. Quero invadir, descobrir, espancar e sentir a ternura nos pequenos momentos. Quero esfregar o gosto. Quero dar as mãos e depois sair à francesa. A chave eu deixo na porta.

links de hoje:
www.robertdoisneau.com
www.fotolog.com/gravatacolorida (i´m back)

l> the clock - tom yorke.

13.10.06

here i´m alive.

E em meio a todos aqueles gritos triturados ela pegou a mordaça e escondeu sua boca, calou a sua boca. Todas as cores lhe falavam mudo, um mudo que berra, que explode, que cala tudo ao seu redor com a sutileza maior que lhe é permitida. Não havia mais porque procurar todo sentido que um dia acreditou existir, ela dançava. Todo aquele ambiente se impregnava naquele corpo, nos cabelos, na face, estranha face. Ela se bastava, se bastava naquela escuridão e naquele vazio que a embalavam. O seu estado de mulher mais puro lhe perguntava o que era ser de verdade. Qual o gosto da verdade?! Qual a felicidade e qual a dor da felicidade? Ela não sabia, ninguém sabia, ninguém sabe. Aquela verdade que consome, engole e que se diz viva e palpável quando na verdade é somente mais um sonho ou nem um sonho. Ela não sabia, nunca quis saber e acha melhor continuar assim. E naquele som que a embalava ela sentia mãos descobrindo seu corpo, mãos invadiam aquele corpo que durante a música também se descobria. A paz. Toda aquela paz que ardia. Aquela paz ia percorrendo todo o seu corpo. Ela começou a rir. Talvez sim, merecesse ser feliz.

l> idioteque - radiohead
embalada
Radiohead - Idioteque

teorias do jota erre.

imagina só se no mundo tivesse um microondas que gela?

malboro light é o cigarro da madonna, é a cara dela, é dourado.

e bjork, tom yorke, billy corgan, pj harvey são de um outro planeta. adivinha quem é o vereador desse planeta?! romário.

o cara que morreu contando piada no palco e q dp foi trabalhar como servente de pedreiro da prefeitura do rio de janeiro era o vocalista do morphine.

afinal de contas, hoje em dia o mundo anda muito contemporâneo.

---

tudo isso é bom. aconchega.

l> neighborhood #1 (tunnels) - arcade fire.

12.10.06

pequeno lapso: errei as datas do título do post abaixo.

11/10/06 - 12/10/06

ainda bem que a gente nem sempre acerta.

10/10/06 - 11/10/2006

tocou idioteque, madonna, arcade fire, the killers, nirvana, strokes, prodigy, smashing pumpkins, garbage, foo fighters e afins na up hoje.
renato achou um objeto meio estranho na savassi.
cheguei em casa e não tem ninguém.
bebi de 14h até agora: 04h38.
sambei ao som de chico de 20h até 00h.


l> homesick - kings of convenience
a gente tenta, tem que tentar.

8.10.06

a trilha era arcade fire

ela acordou cedo. estava ansiosa para viver aquele dia. estava feliz. sabia que o seu cheiro havia se impregnado na jaqueta dele.

l> crown of love - arcade fire.
a gente tenta, né?!

a trilha era radiohead.

ele se levantou. o sol já estava alto, mas nem se importou. queria que o dia corresse enquanto ele ficava parado. abriu a janela do seu quarto e acendeu o último cigarro do maço comprado na noite passada. colocou sulk do radiohead pra tocar, não sabia ao certo se gostava dessa música, mas enfim... foi a que colocou. depois de alguns minutos de música descobriu que preferia street spirit, mudou.

pensou nela. era bonita demais, o sorriso daquela menina não saia de sua cabeça. estaria perdido?! ainda não sabia e nem queria saber. pegou a jaqueta da última noite e cheirou o perfume dela que impregnou nele. o melhor cheiro. sorriu.
pensou no amor. teria amado alguma vez na vida? deu mais um trago. o cigarro parecia estar mais amargo, o jogou longe.

a música era fake plastic trees. colocou a jaqueta pra lavar.
nunca saberia o que era o amor. e na verdade, nem estava disposto a saber.
era melhor voltar a dormir.

ferreira gullar.

Aqui me tenho
como não me conheço
nem me quis

sem começo
nem fim

aqui me tenho
sem mim

nada lembro
nem sei

à luz presente
sou apenas um bicho
transparente.

[tudo a ver com tudo. foda.]

l> haiti - the arcade fire.
de pijama.

7.10.06

ufa!

a trilha era los hermanos.
ela pintava as unhas de vermelho.

o tempo? nublado.
ela? em paz.
a cor? laranja.
a noite? expectativa.
a voz? o melhor.
o sonho? lilás.

me dá um pouquinho de sorvete?
brigada.

l> é de lágrima - los hermanos
é quando a gente tá em paz.

4.10.06

sonhela

ele se agachou para pegar o botão da blusa cor-de-rosa dela que havia caído. a multidão tentava esmagá-lo, mas conseguiu pegar. levantou-se e quando se olharam perceberam que o mundo não existia mais, que o botão não existia mais, que a blusa não existia mais. os rostos foram se colando e a mão dele tocava o corpo dela suavemente. a sutileza escancarada fazia o coração dela disparar. mas não se beijaram. ele pegou na sua mão e a levou para uma loja imensa de doces. saíram de lá e ele a levou para um teatro, a colocou sentada na platéia, subiu no palco e cantou para ela.

talvez um dia ela não sonhasse mais.

eu...

gosto de ameixa.
gosto de nozes.
gosto de sorriso grandão.
gosto de abraço.
gosto de amizade.
gosto de me esparramar na cama.

gosto de peixe.
gosto de surpresa.
gosto de atenção.

gosto de beijo.
gosto de queijo.
gosto de ai...

deixa eu ser feliz?
brigada.

[poeminha sem graça que deu vontade de escrever.]

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porque o sol pode ser mais forte quando a gente acorda.
eu cato pedrinhas no chão e corto meu cabelo sozinha.