dedilho o branco querer da sua coxa esquerda. queria poder morder seus sonhos. mas as cartas não existem mais, isso eu sei.
- oi, tá tudo bem com você?
- anh? quem é?
-
-
- alô? alguém?
- e se a gente não amasse mais e esquecesse de tudo?
- a gente poderia jantar com menos pressa, eu acho.
- é... eu sei.
- sabe?
- sei e você?
- não, às vezes demoro horas jantando.
- hmmm...
- você sabe cozinhar ainda?
- cozinhar? er...
- esqueceu?
- eu não janto mais.
- por quê?
- não tenho fome.
-
-
- às vezes eu acho que...
- que...
- você nunca deveria ter me oferecido.
- o quê?
-
- hein?!
- é, não ofereceu.
.
.
são dez horas da manhã. você ainda ronca.
17.12.06
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7 comentários:
Bonito isso...
Sincero, e sem desperdícios...
aquela história do "você ainda..." e nem percebemos que ficamos presos no ainda. adorei o - não, às vezes demoro horas jantando.
beijo!
Tô me sentindo meio janta hoje.
com a palavra na ponta das letras...
vc diz até com silêncio...
desperta em mim, sempre, um carinho imenso!!!
linda por demais...
bjo grande
porque era ela, porque era eu
Essa música é linda!
=****
ma-ri-co-ta.
brigada pela visita!
agora vou ali fuçar seus posts. :)
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