17.12.06

porque era ela, porque era eu.

dedilho o branco querer da sua coxa esquerda. queria poder morder seus sonhos. mas as cartas não existem mais, isso eu sei.

- oi, tá tudo bem com você?
- anh? quem é?
-
-
- alô? alguém?
- e se a gente não amasse mais e esquecesse de tudo?
- a gente poderia jantar com menos pressa, eu acho.
- é... eu sei.
- sabe?
- sei e você?
- não, às vezes demoro horas jantando.
- hmmm...
- você sabe cozinhar ainda?
- cozinhar? er...
- esqueceu?
- eu não janto mais.
- por quê?
- não tenho fome.
-
-
- às vezes eu acho que...
- que...
- você nunca deveria ter me oferecido.
- o quê?
-
- hein?!
- é, não ofereceu.
.
.
são dez horas da manhã. você ainda ronca.

7 comentários:

O empírico disse...

Bonito isso...

Sincero, e sem desperdícios...

Bárbara Gegenheimer disse...

aquela história do "você ainda..." e nem percebemos que ficamos presos no ainda. adorei o - não, às vezes demoro horas jantando.
beijo!

Anônimo disse...

Tô me sentindo meio janta hoje.

Anônimo disse...

com a palavra na ponta das letras...
vc diz até com silêncio...
desperta em mim, sempre, um carinho imenso!!!
linda por demais...
bjo grande

Anônimo disse...

porque era ela, porque era eu
Essa música é linda!
=****

Bruno Jugend disse...

ma-ri-co-ta.

iasa monique disse...

brigada pela visita!
agora vou ali fuçar seus posts. :)