Tudo turbilindo. Esperei o que vinha dele. De um aceso, de mim eu sabia: o que compunha minha opinião era que eu, às loucas, gostasse de Diadorim, e também, recesso dum modo, a raiva incerta, por ponto de não ser possível dele gostar como queria, no honrado e no final. Ouvido meu retorcia a voz dele. Que mesmo, no fim de tanta exaltação, meu amor inchou, de empapar todas as folhagens, e eu ambicionando de pegar em Diadorim, carregar Diadorim nos meus braços, beijar, as muitas demais vezes, sempre. (...) Há-de que eu certo não regulasse, ôxe? Não sei, não sei. Não devia estar relembrando isto, contando assim o sombrio das coisas. Lenga-lenga! Não devia de. O senhor é de fora, meu amigo mas estranho. Mas, talvez por isto mesmo. Falar com o estranho assim, que bem ouve e logo longe se vai embora, é um segundo proveito: faz do jeito que eu falasse mais mesmo comigo. Mire veja: o que é ruim, dentro da gente, a gente perverte sempre por arredar mais de si. Para isso é que o muito se fala?
Grande Sertão: Veredas, p. 33.
Diadorim é sonho meu; e esse não encontrar Diadorim, às vezes, dá um aperto no coração que tira até o ar. Aí é o refúgio nas idéias que a vida, secretamente, me dá. Amor demais no coração é o que tenho aqui comigo. E um colo pra aconchegar a tristeza de Diadorim. Ele que um dia vai me encontrar andando por aí, vai chegar pertinho, sem fazer alarde. Diadorim é pureza e sentimento bonito que por si só se basta. Confesso que, às vezes, dá canseira esperar demais. E é nessas horas que penso que vou ficar sozinha mesmo. Se isso dói?! De supetão sim, mas depois eu sinto que até que gosto um tanto de ficar sozinha. No acalanto sublime. E, na verdade, não é bem sozinha que vou estar. Eu gozo com as falas de Riobaldo, elas me embalam. Mas nem por isso deixo de sonhar com o carinho de Diadorim; acho que a gente corre o risco de ser feliz um tanto grande.
Grande Sertão: Veredas, p. 33.
Diadorim é sonho meu; e esse não encontrar Diadorim, às vezes, dá um aperto no coração que tira até o ar. Aí é o refúgio nas idéias que a vida, secretamente, me dá. Amor demais no coração é o que tenho aqui comigo. E um colo pra aconchegar a tristeza de Diadorim. Ele que um dia vai me encontrar andando por aí, vai chegar pertinho, sem fazer alarde. Diadorim é pureza e sentimento bonito que por si só se basta. Confesso que, às vezes, dá canseira esperar demais. E é nessas horas que penso que vou ficar sozinha mesmo. Se isso dói?! De supetão sim, mas depois eu sinto que até que gosto um tanto de ficar sozinha. No acalanto sublime. E, na verdade, não é bem sozinha que vou estar. Eu gozo com as falas de Riobaldo, elas me embalam. Mas nem por isso deixo de sonhar com o carinho de Diadorim; acho que a gente corre o risco de ser feliz um tanto grande.
2 comentários:
Ela faz cinema
Ela faz cinema
Ela é demais
Talvez nem me queira bem
Porém faz um bem que ninguém
Me faz
ai que isso é uma das coisas mais bonitas que eu já li!
fez um carinho na alma e deu vontade de chorar!
amo.
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