o sonho, às vezes, pode ser pequeno demais e ela já sabia disso quando abriu a janela. todos eles sonhavam demais, fugiam do amargo; ela não sabia se isso era bom ou ruim e nem importava saber.
o que importava era ela, ali, olhando a solidão daquela janela.
Clara era o nome dela. estava feliz, tristemente feliz. olhou para o lado esquerdo e viu o maço de cigarro em cima do criado-mudo, pegou um. aquele momento era dela e não admitiria se alguém entrasse naquele quarto. o ficar sozinha, o pentear os cabelos, o olhar na janela. pensou no filme que queria ver, a garota da ponte, mas sabia que naquele momento o cinema iria pertubá-la. não queria nada, nem ninguém.
19.10.06
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5 comentários:
e é nessas horas que vc liga o som bem alto e dança freneticamente, sozinha.
eu fico atrás da porta esperando você.
O nome dela poderia ser Ludimila!
=**
aqui tem coisas bonitas.
brigada por ter chegado, hein?
e desculpa, jesus.
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