26.10.06

o presente.

_ Ontem, ainda me foi a casa com mil palavras de excitação.
_ Concluo uma ebriedade.
_ Como sabê-lo? O fato é que parecia um demônio e não explico a comparação.
_ Uma infindável crise passageira. E as estrelas?
_ Esquecidas como sempre no imenso hábito. Em verdade, parei de fitá-las, não pareciam carecer de atenção.
_ Sagaz, porém desanimador. Há um certo vício mesmo em projetos quixotescos desde sempre. E há uma vontade...
_ É verdade, mas o resto não passa de versificação ou interpretação, ou ambas.
_ Um tolo desejo purificador... é menos que falácia. Rio também de metáforas de controle.
_ Eu não riria de nenhuma metáfora.
_ Pro diabo! Importa esse comedimento?
_ Só se se bastarem os alicerces. Mas, não, não sou moralista.
_ E não me importo... esqueçamos! Fico com o não dito, porém entendo perfeitamente a ponderação.
_ Perfeição, um sério problema.
_ Sonho, esse medo do futuro.

[Elias Mol]

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