...às vezes, não é preciso dizer nada.
27.3.07
25.3.07
21.3.07
Tem dias que acordo com vontade de escrever a tristeza mais doída, o sonho mais impossível, o amor mais angustiado, a dor mais rasgada. Isso sem ligação nenhuma à minha vida pessoal, aos ventos que me trazem e que me levam. Escrevo. Rabisco. Assim como tem dias que acordo com vontade de escrever a felicidade espumante, o sonho deitado no meu colo, o amor singelo, a paz lambuzada.
Hoje acordei... e isso foi só um pretexto.
20.3.07
18.3.07
´til i find somebody new.
Acordei com saudades do que nunca senti por você. Acordei com saudades do sorriso que eu nunca dei com você. Acordei... acordei e você não estava ao meu lado. A minha cama, tão gigante...e ninguém ali. E de todas as vezes que você esteve ali, na verdade, nunca esteve. Me desculpa se dói, mas é o que eu preciso dizer. Nunca fomos. Nada.
16.3.07
"Estamos valorizando o que é patológico e a falta de referência, de cultura. Estamos todos comprando um carnê às cegas, em terra de cego. Nunca pensei que pudesse achar razão na brincadeira do Kafunga (o Olavo, goleiro do Atlético): ¨aqui, o errado é que é o certo¨. Considerando a falta de dinheiro, comida, emprego, perspectiva e de melhores candidatos à presidência, talvez o melhor seja mesmo não pensar."
Chico de Paula em texto para o Curta Circuito.
fev/05.
14.3.07
"Pego mais um ovo na cozinha, quebro-lhe a casca e forma. E a partir deste instante exato nunca existiu um ovo. É absolutamente indispensável que eu seja uma ocupada e uma distraída. Sou indispensavelmente um dos que renegam. Faço parte da maçonaria dos que viram uma vez o ovo e o renegam como forma de protegê-lo. Somos os que se abstêm de destruir, e nisso se consomem. Nós, agentes disfarçados e distribuídos pelas funções menos reveladoras, nós às vezes nos reconhecemos. A um certo modo de olhar, há um jeito de dar a mão, nós nos reconhecemos e a isto chamamos de amor. E então, não é necessário o disfarce: embora não se fale, também não se mente, embora não se diga a verdade, também não é necessário dissimular. Amor é quando é concedido participar um pouco mais. Poucos querem o amor, porque o amor é a grande desilusão de tudo o mais. E poucos suportam perder todas as outras ilusões. Há os que voluntariam para o amor, pensando que o amor enriquecerá a vida pessoal. É o contrário: amor é finalmente a pobreza. Amor é não ter. Inclusive amor é a desilusão do que se pensava que era amor. E não é prêmio, por isso não envaidece, amor não é prêmio, é uma condição concedida exclusivamente para aqueles que, sem ele, corromperiam o ovo com a dor pessoal. Isso não faz do amor uma exceção honrosa; ele é exatamente concedido aos maus agentes, àqueles que atrapalhariam tudo se não lhes fosse permitido adivinhar vagamente."
.
.
Clarice Lispector;
Trecho de O ovo e a galinha. Em Felicidade Clandestina.
12.3.07
por segundos.
aquela paciência, aquele respirar frenético em pequenos intervalos, aquele dom de saber trincar o olhar.
11.3.07
10.3.07
nos guardados.
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
A vida não pára
Enquanto o tempo acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora vou na valsa
A vida é tão rara
Enquanto todo mundo espera a cura do mal
E a loucura finge que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência
O mundo vai girando cada vez mais veloz
A gente espera do mundo e o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência
Será que é o tempo que lhe falta pra perceber
Será que temos esse tempo pra perder
E quem quer saber
A vida é tão rara
(Tão rara)
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Mesmo quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não pára
(a vida não pára não)
lenine - paciência.
--
resume o meu momento de vida.
Até quando o corpo pede um pouco mais de alma
A vida não pára
Enquanto o tempo acelera e pede pressa
Eu me recuso faço hora vou na valsa
A vida é tão rara
Enquanto todo mundo espera a cura do mal
E a loucura finge que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência
O mundo vai girando cada vez mais veloz
A gente espera do mundo e o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência
Será que é o tempo que lhe falta pra perceber
Será que temos esse tempo pra perder
E quem quer saber
A vida é tão rara
(Tão rara)
Mesmo quando tudo pede um pouco mais de calma
Mesmo quando o corpo pede um pouco mais de alma
Eu sei, a vida não pára
(a vida não pára não)
lenine - paciência.
--
resume o meu momento de vida.
8.3.07
6.3.07
"Sejamos realistas, peçamos o impossível". Júlio Cortazar.
Fiquei horas procurando a citação de hoje. Queria que tivesse algo a ver com... com... não sei ao certo, só queria que fosse algo que fizesse uma certa pessoa abrir um sorriso.
Achei algumas bacanas, mas não sei... acho que nenhuma conseguiu embrulhar tudo o que eu estou querendo dizer, ou nem dizer, não sei.
E sim, precisamos de lirismo. De acreditar nesse lirismo. Acreditar.
E, se quisermos, não somos levados pela vida, a gente escolhe, a gente samba, a gente engole, vomita.
Bom, poderia dizer mil coisas pra tentar atingir essa pessoa, mas creio que o calar secreto dos segundos que se passaram enquanto eu dedilhava os cabelos dela... nós sentados naquela lanchonete, aquele dedilhar... é, eu disse muita coisa.
5.3.07
4.3.07
3.3.07
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