maga

não sei bem o que escrever aqui, nem acolá. sei que vou desabafar, eu acho. tem um monte de coisa pra estudar, mala pra arrumar, passagem pra comprar, livros pra ler, filmes pra ver, aulas pra ir, músicas pra escutar... mas o que eu quero é viver no branco, daqueles brancos calados. viver em uma ausência infinita de cores. mastigar a semiose infinita. colocar pra funcionar minha usina de sentidos. tão fraca, mas tão minha. não tô com intenção nenhuma de escrever algo poético, algo instigante, algo bonito. o espelho de 'vida sossegada'. a certeza de que não sou mais a mesma que fui ontem. são medos que vão se enfiando aos poucos na carne mais fresca do meu corpo. e a imensa certeza de que qdo fico calada eu grito muito mais alto que qualquer um. antes eu achava que se saísse por aí pintando a vida das pessoas de amarelo, eu seria mais feliz. se as pessoas tbm seriam felizes? muitas não foram. hoje eu já não sei, tô meio perdida entre essa imensidão de cores que existe, por isso, como já disse, quero o branco. o gosto pálido (?!) do branco. não, não estou triste, não estou no osso e nem precisando de terapia. tô aquém. anestesiada, não sei. ou tbm não tô nada disso que falei. sei lá. tá difícil. é, tô é confusa. mas quer saber?! eu acho que sou a pessoa mais fácil de ser compreendida no mundo. eu não vivo escondida atrás de máscaras, apesar de tentar - não nego. hmmm... deixa isso pra lá que comecei a ficar chata já. talvez eu seja a pessoa mais inocente do mundo.