12.1.25

Hoje eu vi a sua mãe. Quase 15 anos depois. Foi estranho, pois tenho pensado muito em você. Daqueles períodos em que você insiste invadir meus pensamentos. Às vezes um dia, às vezes semanas. Quando de repente me esqueço. 

E minutos antes de ver a sua mãe, eu quase atravessei a calçada, o que me faria dar de cara com ela. Ainda bem que não. Não sei se estaria preparada pra revê-la antes de te ver.

O mais estranho ainda, confesso, minutos antes eu pensei em você. 

“E se ele estiver por aqui? Será que encontro o rosto dele no meio de tanta gente?”

2.8.11

Sem título.

Te procurei em tuas fotos, procurei, procurei, não me achei, não te achei. Enquanto isso é um tal de correr do coração, se esconder pela estrada. Dar pulos, dar uivos, dar passos, passos... passando. Porque chega um tempo em que acreditar nessa história de conto de fadas é só uma lembrança remota da infância. A vida berra, espuma, tá bem aí, na tua, na minha frente. E vamos nos guardando, nos fechando, envelhecendo. Podres. Velhos. 

Porque esse tal de se apaixonar é ridículo. 

Um brinde às ridiculezas dessa breve... vida... breve.

27.5.11

ano.

2011 começou e terminou. A gente cai, levanta, tropeça, conserta o passo. E caminha. Sonha, é ingênuo. Deseja e desdenha.

Estamos em maio. Ainda há muito o que sentir. O ano nem bem começou. Tenho apenas 25 anos e um coração inquieto que, apesar de tudo, acredita e vibra.

Eu já sinto como se não o conhecesse há muito tempo. As perdas que tive se tornaram pixels. E o coração está aí. Para o mundo.
porque eu disse todas as coisas enquanto olhava para você.

20.5.11

Já faz tempo.

Sentimento bonito não depende de ninguém, só da gente. Romântica demais? Sempre fui. Intensa? Nunca vou dizer que não. Que venham doces novembros, retroativos agostos, setembros. Julhos, junhos, maios.

É força que grita, que impulsiona. Que é latente. A cada segundo, minuto.

Simples.

8.1.11

porque parece...

Eu sou apaixonada, sempre fui. 

Cato sonhos nas esquinas, fotografo os gestos e fecho os olhos para me lembrar.



Quantas cartas já escrevi? Perdi a conta. Foram muitas, pelo que me lembro. Será que o carteiro perdeu alguma pelo caminho? Pode ser, se já não foi.

"saudade de um tempo mais inocente, mais verdadeiro, saudades de mim, de quando eu tinha tempo pra sonhar", isto estava em uma das cartas, talvez seja uma de minhas lembranças mais remotas. Ou então, aquelas fotos, que encontrei dentre os guardados passados, tenham me revivido memórias de um tempo que já não sei onde ficou.


4.12.10

Soltas.

Vontade de sair escorrendo. Fluida, líquida.

Escorrer com os pés no chão.

Porque, às vezes, eu calo demais dentro de mim.

E a vida? Vai passando.

Saudade de sonhar doce.

I still remember the day i knew.

8.7.10

"Tivesse medo? O medo da confusão das coisas, no mover desses futuros, que tudo é desordem. E, enquanto houver no mundo um vivente medroso, um menino tremor, todos perigam - o contagioso. Mas ninguém tem a licença de fazer medo no outros, ninguém tenha. O maior direito que é meu - o que quero e sobrequero - : é que ninguém tem o direito de fazer medo em mim!".

Pág. 298, Grande Sertão: Veredas.

28.6.10

sweet

ela escutava a caneta rasgar o papel e arranhar a mesa.

'cause I know... and licked all my dreams.

24.6.10

quantos amores você esconde?

19.6.10

.

como se fosse um copo de plástico, daqueles descartável.


saberia, teresa, qual a força daquela vírgula? quantas gramáticas a aprovaria?

era um ponto, teresa. um ponto daqueles descartável.

11.6.10

o silêncio

não podia falar, claro que não.

era contra todas as regras, todas.

9.6.10

limite

de repente a dor chega e consome. inteira. o pedaço, o inteiro.

são muitas vozes, o tempo todo, muitas vozes, muitas, muitos.
quanto custa uma dose de tranquilidade? qual era o endereço de anna?


bateu a porta, a chave caiu. não deixou bilhetes, não deixou sonhos, não deixou restos. o vazio e o eco.
anna... foi.

10.3.10

um pouco

eu sempre me apaixonei por vozes, sussurros, sopros.

não me pergunte por quê, mas hoje me apaixonei por você, porém não conte pra ninguém e finja que não sabe.

é, isso mesmo, eu me apaixonei.
sabe aquele sapato de palhaço enorme que eu te dei? 
calce.
sabe os sonhos que eu tenho? 
realize.

na verdade, dessa vez, eu não quero que você saiba que eu te quero, porque acho que agora chegou a hora de alguém me querer. 
eu já quis demais, já criei mil estratégias, já procurei, procurei até achar. até amar, até casar, até cansar, até acabar.

me queira.