30.4.06

noar

a câmera tremendo e registrando aquele chão imundo.

até que se deparou com uma porta,
a qual se abriu lentamente.

a luz amarelada iluminava
um cinzeiro, um cigarro queimando e roupas pelo chão.

e talvez o canto mais bonito.

l> u r beautiful - james blunt (tá, pode zoar)
=)

postsecret

24.4.06

urgh!

ahhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh.

é, eu morro de preguiça.

19.4.06

topas?

a doidona do doce.

17.4.06

ups! =)

o menino doce com gostinho de pirulito de morango.
o safado que faz com que os sonhos dela pulem na pecaminosa realidade.

é, eles valsam quando estão juntos.

sonho

e a data do meu blog está em francês.

morô?!

15.4.06

talvez...

talvez fosse aquela tristeza que a triturava por dentro.
aqueles sonhos não vividos.
não digeridos.

talvez fosse aquela angústia que apertava por dentro.
aquelas atitudes impensadas.
impulsivas.

talvez fosse aquela saudade que a machucava por dentro.
aqueles mãos tão lindas.
infindas.

talvez fosse aquele espelho.
aquele.

o espelho.
e ela.

l> la dispute - yann tiersen
tristinha.

13.4.06

Sobre vapores e amêndoas

Distribuo por sobre a cama alguns pequenos pedaços de tudo aquilo que fomos nós, alguns recortes antigos e carcomidos de nossas caras, de nossos gestos, num amontoado de papel amarelado, que aos poucos perde seus sinais de vida e deixa que a nostalgia os invada por completo, com seu cheiro de mofo, de passado, aquele cheiro dos ausentes que não se tocam mais e que todo dia, em uma dada hora, a mesma, sempre, lembram de algum episódio em que riam de amenidades. Distribuo minuciosamente bem todos os episódios, todos os momentos e realço em determinada hora os dias em que estivemos mais felizes, quando seu caminhar por sobre o tapete da sala era sublime, e seu rebolar tão natural que nascia no ventre e morria nas coxas me fazia pensar que o mundo não é lá tão importante diante de algumas horas ao seu lado, sob os lençóis verdes que você fazia questão de nos embrulhar. E foi inevitável pensar no doce cheiro de amêndoas, que tomava nossa casa, ali pelas três da tarde, dos sábados calorentos, quando você saía do banho e religiosamente se secava ainda no box, cantarolando numa voz-doce-muda uma canção antiga e ainda você brincaria com o vapor que insistia embaçar os vidros, fazendo desenhos inimagináveis, e eu, enquanto isso, deitado na (nossa) cama fumava um cigarro e me enganava fingindo ler algum livro, quando na realidade só traduzia em pensamento aquilo que se passava no chuveiro, e você ainda nua, depois de secar seu corpo, passava o creme por seu corpo, com o doce cheiro de amêndoas, que se misturava ao vapor, e aos poucos tomava nossa casa, nosso pequeno castelo construído de palavras bonitas e gestos que por si só nos explicavam, e eu podia ver, na parede sua silhueta, que dançava com o movimento do vapor e luz, e acreditava, realmente acreditava, que éramos eternos. Recorto nossos recortes na esperança de entender-nos um pouco mais, mas em um segundo percebo que tudo o que fomos nunca vai ter explicação e que na verdade estou é desistindo de todas as lembranças, de todas as promessas, de nós dois, porque na verdade viver sabendo de tudo aquilo fomos é doloroso demais, e o que foi, deve ficar onde está, e não preciso trazer-te à tona, ainda mais agora, quando meus pensamentos se mostram tão densos, de uma densidade que na verdade não é minha; mas minha leveza, com os anos, esvaiu-se, e seria inútil tentar recuperá-la, agora, a princípio por dois motivos, o primeiro, porque é claro, nunca eu conseguiria ter novamente a leveza dos vinte e poucos anos, e a segunda, porque na realidade, não sou mais tão ameno, nem pretendo ser, porque alguns anos de angústia serviram para que meu olhos conquistassem uma dureza impossível de se retirar e qualquer movimento que tente o contrário só resultará em mais dureza, e acredite, dessas questões, pelo menos por hora, prefiro me eximir. Deixo nas sobras de meus recortes, por sobre o verde desbotado dos lençóis outrora tão vivo algumas horas que estão incrustadas de tal maneira em meu corpo que retirá-las significa sangrar, sangrar sem fim, até que o sangue fique ralo, tudo fique ralo e eu já não tenha tanta força para lembranças e devaneios. Luto contra, mas é inevitável lembrar de quando o vermelho era diferente para nós, e só nós sabíamos todos os segredos e beleza que um vermelho pode guardar, tantas músicas, sussurros e transpirações que o (nosso) vermelho pode ter, mas que claro, hoje em dia, eu não sei mais como vê-lo assim, e ele é para mim como uma lembrança de infância, como um cofre onde eu guardava meus soldadinhos de chumbo, mas que hoje em dia esqueci seu segredo, e então só posso o ver por fora, e lembrar as tantas coisas bonitas que ele guarda, mas que são inatingíveis. Recuo um pouco os recortes e penso em queimá-los, enxotá-los daqui pra nunca mais, mas também é uma tarefa difícil, essa de assumir o papel de exorcista de nossa vida, mas não quero também apelar para um sentimentalismo barato, e citar por horas nossas cartas trocadas, nossas lagrimas traídas, seu gosto em minha pele, e sua respiração em minha nuca, seu oxigênio em minha boca. Não. Prefiro agora me tornar tudo o que mais detesto e reconstruir minuciosamente todos os minutos daquele dia chuvoso de novembro, quando você não tinha mais as pequenas bolas pretas de seu olhos, mas sim um cinza indecifrável que simplesmente me despedaçou e ao pronunciar um ‘vou-me embora’ tão seco que serviu para acabar com tudo aquilo que éramos, e tenho que lembrar disso e tenho que perceber que sua frase, naquele momento, na verdade foi muito maior do que tudo aquilo que eu esperava, e foi um golpe seco, surdo, suficiente para quebrar nosso pequeno castelo de vidro, que ficou então estilhaçado, e entre os cacos, ali fiquei, e na verdade, só agora, depois de alguns tantos anos, tive a coragem de abandonar.
nian.pissolati [sim, ele é meu namorado].

por onde andará...stephen?


e assim é como ela se sente.

por onde andará stephen fry?

12.4.06

eternos

e ela olhava pra ele com uma eterna doçura.
e ele sorria, sorria porque não sabia o que dizer diante daquele olhar.


tão hipnotizante, tão seu, tão dela.

até que se aproximou daquele corpo tão feminino e se repousou sobre ele.
se beijaram com a eterna sutileza que sempre se escancarou em todos os encontros.


e se amaram.

foi aí que o sol nasceu e juntos tiveram a certeza de que a vida só estava começando.

l> dave matthews band (sei o nome da música não)
achando a vida mais bonita

11.4.06

argh!

e ela passa mal de tanto ciúmes.

mas finge entre sorrisos que sim...

está tudo bem.

4.4.06

saia da mãe.


preciso de gente faladeira. gente que vomita. mas quero palavra por demais de esquisita não. pra livrar de pensação, tem que ser palavra nua. outra coisa que quero é me apaixonar. deixar meu coração feliz. desconfio que isso faz bem. ter em quem pensar é alegria. e se tem que ser correspondido? tem não. tem só que saber o que o outro sente. se não gostar, pelo menos não iludo e vou gostando até desgostar. mas se gostar! nossa! vai ser maravilhoso por demais ter uma cabecinha deitada no meu colo. e poder falar o que sinto olhando nos olhos dele. hmmm... cá estou pensando. e não é que me apaixono sempre?! ah! mas é paixão com hora certa pra acabar. e é disso. é disso que. não quero.

já escrevi isso aqui...e publiquei de novo pra dizer que agora sim: estou me sentindo protegida, como debaixo da saia da mãe.

mais outra pessoa, do fernando.

Poder rir, rir, rir despejadamente,
Rir como um copo entornado,
Absolutamente doido só por sentir,
Absolutamente roto por me roçar contra as coisas,
Ferido na boca por morder coisas,
Com as unhas em sangue por me agarrar a coisas,
E depois dêem-me a cela que quiserem que eu me lembrarei da vida.

Álvaro de Campos.

fato.

e em meio a tanto medo, deixei a minha fraqueza ser
mais forte que tudo aquilo que me travava há tanto tempo.

mergulhei meu olhar naquele rosto tão sincero e fui desarmada.

me entreguei.

l> do u want to - franz ferdinand

até que um dia...

uma amiga chama de borboletas.

outra diz que é gracinha de criança.

sim, ela está apaixonada.

l> all over you - live.
saltitante.

1.4.06

rosebud...

foi o mais sincero "eu também" que ela disse.

o mais sincero.

l> ...o verbo e a verba - lenine
sincera, como ela.